Um novo vírus capaz de acessar informações de um smartphone a partir de aplicativos como o WhatsApp foi identidicado por especialistas em segurança. Batizado como ZooPark, o vírus atinge aparelhos móveis Androids e foi detectado atingindo usuários de países do Oriente Médio.
Trata-se de um vírus sofisticado e direcionado. Segundo especialistas, parece ter sido criado com a intenção de se infiltrar nas conversas de determinados usuários localizados em um número limitado de países, como Jordânia, Egito e Líbano.
"Com a nossa estatística de detecção, observamos menos de 100 alvos. Essa e outras provas indicam que os alvos são especificamente selecionados," disse ao ZDNet Alexey Firsh, especialista em segurança na Kaspersky Lab, empresa responsável pela identificação do ZooPark.
A ferramenta, que pode ser considerada de ciberespionagem, é um dos mais sofisticados capazes de atingir Androids. Por conta disso, especialistas acreditam ter sido desenvolvido por um sistema de inteligência robusto, com muitos recursos - e não vindo de um pequeno grupo de hackers.
Ao portal ZDNet, a Kaspersky Lab explicou ainda, sem se aprofundar, que o grupo desenvolvedor do vírus, "é evidente", "conta com uma larga experiência em operações de ataque e muitíssimos recursos".
O ZooPark é capaz de entrar em um celular não só através de conversas do WhatsApp como também pelo Telegram (outro aplicativo mensageiro). E tambem de sites, que direcionariam o usuário para baixar o vírus.
Além do acesso às informações, como fotos e senhas, o vírus poderia fazer capturas de tela, gravar e fazer ligações sem que o usuário perceba.
Segundo a Kaspersky, o vírus opera desde 2015 e vem evoluindo a cada versão. A inicial acessava apenas os contatos e o e-mail conectados ao aparelho. A última, por sua vez, ampliou o acesso às informações, fazendo com que o vírus possa acessar quase todos os dados disponíveis no smartphone.
De acordo com a Kaspersky, não há riscos, à príncipio, aos usuários "comuns". O ZooPark parece ser uma ameaça dirigida, explicou ao "EL PAÍS". Ainda ao jornal, especialista da empresa aconselha algumas atitudes de segurança, como não instalar aplicativos de origem desconhecida e ter alguma ferramenta de segurança que ajude a encontrar possíveis ameaças.
Quem for atingido pode nem perceber que está sendo vigiado. Para se livrar do vúirus, uma das alternativas possíveis é reinstalar o sistema operacional do aparelho.
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Redação iBahia
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