Em mais de um exemplo de uma empresa de grande porte agindo contra a disseminação de notícias falsas, o Google vai acrescentar uma indicação de fact-checking (verificação de fatos) nos resultados de buscas em sua seção geral e na de notícias, informou a gigante das buscas nesta sexta-feira.
Assim, ao fazer uma busca no Google, a pessoa verá, ao lado de resultados que passaram pela checagem de fatos, uma indicação de que aquela história é “falsa” ou “basicamente verdadeira”.
A medida é tomada após uma série de críticas pressionando a empresa para policiar o conteúdo que mostra em seus resultados, e também depois de ações de outras companhias buscando combater as notícias falsas.
Para a tarefa, o Google trabalha em parceria com mais de cem empresas jornalísticas e grupos de fact-checking, entre os quais estão Associated Press, BBC, “The New York Times”, “Washington Post”, PolitiFact e Snopes.com. Junto aos resultados que passaram pela verificação, serão exibidos o nome da pessoa ou grupo por trás daquela avaliação e seu veredito.
“Esses verificadores de informações não são do Google e são apresentados às pessoas para que elas possam fazer julgamentos mais informados”, disse a empresa em um post no seu blog. “Mesmo que conclusões diferentes possam ser apresentadas, achamos que ainda será útil para as pessoas entenderem o grau de consenso em torno de uma questão em particular e para terem informação clara sobre quais fontes concordam”.
INDICAÇÃO NÃO MUDA RANKING
Embora qualquer empresa que publique conteúdo possa se inscrever para as checagens de fatos, serão os algoritmos do Google que determinarão se a avaliação das organizações será exibida ao lado dessas histórias ou não, informou uma porta-voz da companhia. O plano é reservar essa sinalização para resultados sobre queixas públicas a respeito de fatos e não de opiniões.
As notícias falsas entraram no alvo das críticas públicas após sua disseminação na internet ser apontada como um dos fatores-chave para a vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana. As críticas se concentraram no Facebook, mas o Google não ficou imune a questionamentos. Houve quem apontasse para várias instâncias de artigos imprecisos e enganosos sendo exibidos em resultados de buscas.
O Google não está pagando pelo serviço das empresas de fact-checking e, segundo uma porta-voz da gigante das buscas, não vai alterar a posição em que aparecem resultados que tenham sido verificados.
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Redação iBahia
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