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Na reta final, Bolsonaro busca eleitor pelas redes

Deputado avança sobre eleitor de centro-direita; ex-prefeito foca em reduto lulista, e Ciro insiste em ser a alternativa à polarização

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Redação iBahia

06/10/2018 às 8:34 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:04 - há XX semanas
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Na reta final para o primeiro turno da eleição presidencial, amanhã, os candidatos mais bem colocados nas pesquisas direcionaram suas estratégias na busca de votos decisivos para o futuro de suas campanhas. Jair Bolsonaro (PSL), que lidera a disputa, prepara uma ofensiva sobre os eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoedo (Novo), Alvaro Dias (Podemos) e de Marina Silva (Rede) para tentar definir a eleição de domingo. Fernando Haddad (PT), o segundo colocado nas pesquisas, vai focar seus últimos atos no Nordeste, tradicional reduto do voto lulista, na tentativa de melhorar seu desempenho onde Bolsonaro cresceu em pesquisas nos últimos dias.
Foto: Divulgação
Ciro Gomes (PDT), por sua vez, corre por fora e busca atrair o voto justamente de quem gostaria de evitar a polarização entre os candidatos do PSL e do PT. Outros candidatos que se encontram mais atrás nas pesquisas nutrem a esperança de uma arrancada de última hora que possa levá-los ao segundo turno. Enquanto a maioria dos candidatos foi às ruas ontem em busca do contato com o eleitor, Bolsonaro, que ainda se recupera de duas cirurgias após um atentado, permaneceu em casa, operando pelas redes sociais, a principal arma de sua campanha.
O candidato do PSL começou a por em em prática uma ofensiva via WhatsApp, mirando os eleitores mais convictos dos candidatos de centro-direita. A estratégia aposta no discurso de que, embora os concorrentes tenham qualidades, Bolsonaro é a opção viável contra um novo governo do PT.
Desde sexta-feira, os grupos ligados a Bolsonaro começaram a disparar mensagens de texto. Em relação ao eleitor de João Amoêdo, dizem que se trata de um político com qualidades, mas que “essa não é a hora dele”, contou um interlocutor da campanha. As boas intenções de Marina também serão exaltadas para atrair o eleitorado da candidata mais situado à direita. Para conquistar os eleitores mais resistentes de Alckmin, o tom será dizer que ele “se equivocou” e “se perdeu” politicamente.
— Não é a hora de subir o tom. É hora de conquistar esse eleitorado, que pode garantir uma vitória no primeiro turno — diz um interlocutor da campanha.
Haddad fará um esforço final no Nordeste, reduto eleitoral do ex-presidente Lula. Na avaliação do comando de campanha, será mais fácil na reta final conquistar votos de eleitores simpáticos a Lula. De acordo com a pesquisa Datafolha, a única região que Haddad lidera é o Nordeste. Mesmo assim os seus 37% de intenção de voto ainda estão abaixo dos 60% que Lula atingia nos estados nordestinos antes de ter sua a candidatura barrada.
O candidato do PT vai hoje a Feira de Santana, na Bahia. Haddad fará uma caminhada ao lado do atual governador Rui Costa, que, segundo as pesquisas, tem chance de ser reeleito no primeiro turno, e de Jaques Wagner, primeiro colocado na disputa pelo Senado no estado.
Na expectativa de criar uma “onda” a seu favor nas últimas 48 horas de campanha, conquistando o voto do eleitor que deseja evitar o segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o candidato do PDT, Ciro Gomes, esteve ontem em Minas Gerais com o discurso de que precisa do segundo maior colégio eleitoral do país para “libertar o Brasil dessa confrontação odienta”.
— Sou o único que ganha com folga do Bolsonaro, que é a precipitação da direita fascista, militarista, radical que aprofundará a divisão no Brasil, e sou o único que vence o Haddad, para dar uma reposta ao antipetismo, que em parte não se justifica, mas em parte grande vem das contradições do PT — disse em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte.
No Rio, apos o debate dos presidenciáveis na TV Globo, Geraldo Alckmin foi ontem à Ceasa, e ouviu gritos de apoiadores de Bolsonaro. À tarde, fez caminhada em São Paulo, na qual teve a seu lado representantes de apenas dois partidos de sua aliança, a maior entre os presidenciáveis, com nove legendas. Mesmo assim, a companhia foi breve. Assim que terminou de dar entrevista e iniciou o corpo a corpo, todos foram embora e o tucano ficou só, com a mulher, Lu Alckmin, e seu reduzido grupo de aliados do PSDB.

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