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Rebeldes da Líbia vão precisar de ajuda internacional, diz ONU

Conselho de Segurança discutiu situação do país no pós-Kadhafi. Rebeldes pretender realizar eleições em 240 dias

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31/08/2011 às 23:12 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:14 - há XX semanas
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Os rebeldes da Líbia vão precisar de ajuda internacional para formar policiais e organizar eleições, afirmou nesta quarta-feira (31) o conselheiro especial da ONU para o planejamento pós-conflito na Líbia, Ian Martin."Está muito claro que os líbios querem evitar qualquer deslocamento militar da ONU ou de quem quer que seja", disse Martin após uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Líbia. Segundo o conselheiro especial de Ban Ki-moon, a ONU poderia enviar uma força internacional de policiais para formar as tropas líbias de segurança. saiba mais Ban, Martin e outros altos funcionários da ONU se reunirão na quinta-feira em Paris com líder da rebelião, Mustafa Abdel Jalil. "Após quatro décadas sob o regime de Kadhafi, a Líbia se transformou em um deserto político, cheio de frustração e de esperança, mas como em outros países com uma história similar, a Líbia é suscetível de ver miragens", disse. Os rebeldes pretendem estabelecer um governo nos 30 dias seguintes à "libertação de Trípoli" e convocar eleições em 240 dias, segundo Martin.Fim do RamadãLíbios satisfeitos com a queda de Muammar Kadhafi comemoram nesta quarta-feira (31) o fim do mês islâmico sagrado do Ramadã, embora o líder deposto continue foragido, e forças leais a ele desafiem um ultimato imposto pelo governo provisório. Na recém-rebatizada praça dos Mártires (ex-praça Verde), centenas de pessoas se reuniram para as orações matinais que celebram o Eid al Fitr, feriado que marca o fim do mês muçulmano de jejum. "É a prece mais bonita. Estamos cheios de alegria, Kadhafi nos fez odiar nossas vidas (...). Viemos aqui expressar nossa alegria pelo fim de 42 anos de repressão e privação", disse o comerciante Hatem Gureish, 31 anos. A segurança foi reforçada na praça onde Kadhafi pretendia comemorar o 42º aniversário do golpe de Estado que o levou ao poder, na quinta-feira. Cães farejadores circulavam entre os fiéis, e atiradores estavam a postos nos telhados, atentos à presença de seguidores do regime deposto. "Pode haver alguns bolsões das forças de Kadhafi, mas no geral a capital está segura", disse à agência de notícias Reuters o ministro interino do Interior, Ahmad Darat. "Criamos uma equipe de segurança para gerenciar a crise e preservar a segurança na capital." Combatentes do Conselho Nacional de Transição (CNT) fizeram uma pausa da sua ofensiva a partir do leste e do oeste contra Sirte, cidade natal de Kadhafi. Seus líderes deram ultimato até sábado para que a cidade se renda. Aviões da Otan têm bombardeado forças leais a Kadhafi nos arredores da cidade, e a aliança já prometeu a seus aliados líbios que a missão militar será concluída. O CNT diz que a guerra só vai acabar quando Kadhafi for capturado ou morto. Encontro em ParisLíderes mundiais se reunirão em Paris na quinta para discutir o futuro da Líbia. Os países patrocinadores do encontro, França e Reino Unido, esperam mostrar que a campanha militar custosa possa conduzir a uma transição política que evite os erros cometidos no Iraque. As grandes potências reunidas para coordenar a reconstrução política e econômica da Líbia, importante produtor de petróleo do norte da África, vão também entrar em conflito de interesses O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, serão os anfitriões da primeira conferência 'Amigos da Líbia', que se realizará no dia em que Kadhafi iria celebrar o 42o aniversário do golpe militar que o levou ao poder. Rússia e China, que não apoiaram a intervenção da Otan, liderada por Sarkozy e Cameron, em março, e ainda não reconheceram o conselho interino, estão entre as 60 nações e entidades internacionais representadas na conferência. O encontro dará ao CNT, criado após o início da revolta anti-Kadhafi, em fevereiro, sua primeira plataforma internacional. Empresas dos setores de energia, construção e telecomunicações estão ansiosas para saírem na frente na corrida para a reconstrução da Líbia depois de seis meses de conflito que pode pôr fim aos privilégios desfrutados pela Itália na era Kadhafi. O presidente do CNT, Mustafa Abdel Jalil, abrirá a sessão de três horas com a apresentação dos planos do conselho para uma nova Constituição, eleições dentro de 18 meses e medidas para evitar o derramamento de sangue visto após a derrubada de Saddam Hussein, no Iraque. O mais urgente para o CNT é ter acesso a recursos para pagar salários e obter os suprimentos humanitários. Vários países pediram ao Comitê de Sanções da ONU que libere bilhões de dólares em bens líbios que estão congelados. Os Estados Unidos e os mais destacados países europeus da coalizão anti-Gaddafi enfrentam problemas econômicos, o que poderia desencorajar qualquer plano de deslocar dinheiro de contribuintes dessas nações ocidentais para a reconstrução da Líbia, mas as bases para a recompensa financeira no futuro estão sendo lançadas agora.

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