Em entrevista ao G1, Nancy Bellei, coordenadora de virologia clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e outros infectologistas, alertaram para o risco do aumento da transmissão do zika vírus durante o Carnaval. A quantidade de turistas distribuído nos Estados, o alto número de casos de bebês nascidos com microcefalia e suspeita de ligação com o zika vírus são fatores que potencializam o chamado "coquetel explosivo" para disseminar o vírus pelo país. Somado ao aleta dos especialista, foi divulgado um comunicado da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, escritório regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde), que relatou aumento de casos da síndrome de Guillain Barré em países com epidemias de zika. Em julho de 2015, 42 pessoas foram confirmadas com a doença, que causa problemas neurológicos, na Bahia. O "coquetel explosivo" do Carnaval inclui, segundo os infectologistas, as grandes aglomerações de pessoas, em geral com poucas roupas e mais vulneráveis às picadas do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika), possibilidade de chuvas, maior quantidade de lixo nas ruas e por consequência mais chance de potenciais criadouros do mosquito. Ainda em entrevista ao G1, Nancy explica que o potencial de propagação do zika por conta do Carnaval também depende da existência do mosquito nos locais de origem dos turistas."Se a pessoa vai para uma capital com grande Carnaval de rua, é picada e infectada pelo zika e volta para sua cidade mas lá não há o mosquito, ela vai adoecer, se tratar, e tudo bem. Agora, se o local de origem tiver o Aedes, o mosquito pode picar essa pessoa, receber o vírus e introduzir a doença num local até então livre dela", explica. Segundo a especialista, o Aedes é encontrado em todos os Estados, mas a região Sul estaria menos vulnerável, por ter clima mais frio e tradicionalmente apresentar menor incidência do mosquito.
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