Durante a gravidez, muitas mulheres se perguntam sobre a hora do parto e mesmo sendo indiscutível que o natural é melhor para a mãe e para o bebê, a maioria das mulheres brasileiras escolhem a cesariana. Mas quando a incisão cirúrgica ultrapassa os limites da cicatrização, ela se torna uma queloide que pode resultar até em depressão para a mulher. A dermatologista Iara Lemos explica que a queloide nada mais é do que um distúrbio da cicatrização. “A lesão é avermelhada, endurecida, causa coceira e pode chegar a doer”, explica a médica. Quem pode ter queloide? Na maioria das vezes, a queloide é provocada por uma tendência genética ou pelo distúrbio da cicatrização que algumas pessoas apresentam. Existem alternativas utilizadas na tentativa de evitar ou amenizar a proporção da lesão, como a infiltração de medicações no momento em que é feito a sutura ou após o procedimento. A utilização de silicone em gel ou em fitas e até mesmo utilização de corticoides em fitas oclusivas e em creme ajudam na diminuição e, muitas vezes, no desaparecimento da cicatrização, a depender do seu grau, e da sintomatologia que ela provoca. Nas lesões que são mais resistentes a tratamentos clínicos, é necessário fazer procedimentos como infiltração de medicamentos dentro da queloide, cirurgia e até betaterapia, uma espécie de radioterapia que inibe o crescimento das células anormais. A dermatologista explica também que a lesão pode ocorrer após qualquer incisão cirúrgica ou cortes acidentais, e até mesmo ser resultado de uma acne inflamatória, “Qualquer intervenção cirúrgica pode resultar em queloide, quando uma pessoa já tem uma lesão, não necessariamente ela irá desenvolver outra, mais a probabilidade é maior”. Cuidados - Sobre as marcas resultantes das cirurgias cesarianas, Iara Lemos é bem clara: “Se bem cuidada, a cicatriz que o parto cesáreo deixa, pode desaparecer completamente em alguns meses”. Algumas mulheres após terem seus filhos, ficam receosas com a marca que a cicatriz pode deixar. “Apesar de ser numa área que não é exposta, na intimidade a mulher pode encarar a queloide de uma forma negativa e até fazer uma transferência para o fato de ter tido filho e desenvolver um incômodo”, esclarece a dermatologista. Quando o assunto é depressão, Iara explica que o sentimento desenvolvido pela mulher, muito provavelmente pode estar ligada à depressão pós-parto. “Para a cicatriz causar uma depressão, provavelmente, a mulher já tem uma tendência depressiva e a queloide pode fazer com que o quadro a piore, mas essa depressão também pode estar associada à depressão pós-parto, que é muito frequente”. A professora Cristiane Passos conta que já fez duas cesarianas e uma cirurgia de câncer na tireóide e sempre teve cuidados para suas cicatrizes não aparecerem. “Não tive opção do tipo de parto, mais também sempre tive cuidado com todas as minhas cirurgias. Já fiz cirurgia de câncer de tireoide e cuidei bastante para não ter quelóide na garganta, passando a pomada para cicatrização”.
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