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SAÚDE

Especialista orienta como se alimentar no verão

Infectologista alerta para os cuidados na preservação dos alimentos nessa época do ano

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22/12/2015 às 9:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 8:48 - há XX semanas
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Bahia Prime Redação Bahia Prime
Por causa da vida corriqueira muitas pessoas acabam fazendo suas refeições na rua. É o cachorro quente, sanduíche, empada, caldo e outros alimentos preparados ali mesmo na esquina ao ar livre. Entretanto, muitas vezes o manuseio desses alimentos não está sendo feito da maneira correta e pode causar doenças no consumidor. De acordo, com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 600 milhões de pessoas acometidas, das quais cerca de 420 mil morrem em razão de alguma doença transmitida por alimentos insalubres por ano. Imagina o risco que muitas vezes estamos nos expondo, o que deveria servir de auxílio termina por fim, trazendo transtornos. Dos mais de 200 agentes que podem provocar intoxicações alimentares, a OMS só conseguiu estudar em profundidade os efeitos de 31, entre eles bactérias, vírus, parasitas, toxinas e químicos. Para a infectologista e coordenadora do Serviço de Infectologia do Hospital da Bahia, Márcia Sampaio, a prevenção das intoxicações alimentares está diretamente associada ao saneamento básico, aos cuidados no preparo dos alimentos e às medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro. Em relação ao armazenamento de alimentos, a especialista sugere que aqueles cozidos devem ser consumidos de imediato e o que sobrar deve ser guardado na geladeira, em recipiente fechado, sendo reaquecido na hora do consumo. “Observe sempre a data de validade dos alimentos e respeite suas características. Os pescados devem ser mantidos refrigerados (até 4 ºC) e por período não superior a 24 horas. Carnes cruas (bovina, suína, de aves e outras) devem ser guardadas em refrigeradores (até 4 ºC) por até 72 horas. Ovos crus devem ser conservados nas prateleiras da geladeira, e não na porta, por até 14 dias”, alerta Márcia. Para as pessoas que se alimentam na rua, mesmo os alimentos com boa aparência, gosto e cheiro normais podem apresentar contaminação por micro-organismos, como as bactérias (Salmonela, Shigela, Escherichia coli, Estafilococos, Clostridium), os vírus (Rotavírus), ou os fungos. “Deve-se saber escolher o melhor local para comer quando se está fora de casa. Se possível, visitar a cozinha do estabelecimento, ainda mais se for um restaurante por quilo, e observar a conduta dos funcionários durante o preparo”, afirma a infectologista, frisando a preferência pelos alimentos cozidos, e evitados aqueles crus ou malpassados. “As porções feitas com excessiva antecipação e alimentos em conserva, como palmito, molhos caseiros, e de pote, como maionese, são também grandes vilões nas intoxicações alimentares”, afirma. Os sintomas da intoxicação alimentar aguda variam entre náuseas, vômitos, diarreia, febre, dor abdominal, cólicas, mal-estar. Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, perda de peso e queda da pressão arterial. Sendo causada por vírus ou bactérias, os sintomas podem ser mais fortes e durar mais tempo. “De maneira geral, as pessoas com intoxicação alimentar devem ter repouso e ingerir muito líquido. Se houver uma perda maior de líquidos com risco de desidratação, devem ser indicados medicamentos sintomáticos para controlar as náuseas e os vômitos, assim como administrar a reposição de líquidos e sais por via endovenosa”.

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