Além da zika, grávidas devem ficar alertas a outras doenças que afetam a formação do feto durante a gestação. Entre as mais preocupantes está a sífilis — doença sexualmente transmissível que pode criar uma quadro de infecção e levar ao aborto ou morte do bebê.
Após o nascimento, a criança também pode apresentar bolhas e vesículas na pele e mucosas, lesões ósseas e nas articulações, aumento do fígado, baço e gânglios, assim como surdez e anomalias dentárias. A DST tem tratamento fácil, com algumas doses de Penicilina.
A rubéola também apresenta um risco alto e pode levar a cegueira, malformações cardíacas e cerebrais (como a microcefalia), surdez e catarata. “Todas as mulheres em idade fértil devem ser vacinadas contra a rubéola, antes de engravidar”, diz a chefe da Pediatria da Maternidade Professor José Maria Magalhães Neto, Tereza Paim.
Caso contraia sarampo durante a gestação, a mulher pode ter complicações como parto prematuro ou um aborto espontâneo. Já a herpes pode provocar inflamação e infecção no cérebro do bebê, levando à morte.
A toxoplasmose também pode causar a microcefalia. É recomendado que, caso não tenha defesa contra a doença, se evite manipular e comer carnes cruas, assim como o contato com cães e gatos.
As hepatites B e C podem ser transmitida para a criança na hora do parto, através do contato com o sangue da mãe, ou através da amamentação. É recomendável que a mãe exames antes para descobrir se é portadora de hepatite, a fim de prevenir a infecção do recém-nascido.
Exames para a detecção dessas doenças podem ser feitos gratuitamente em qualquer posto de saúde durante o pré-natal. “A gestante faz pelo menos dois exames de sorologia para saber se ela está contaminada. Caso a mulher esteja planejando a gestação, é recomendado que elas façam o exame antes de engravidar. A melhor forma de prevenção é ter um pré-natal correto o mais cedo possível”, alerta Tereza Paim.
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