A transição da vida do campo para os centros urbanos trouxe diversas alterações na saúde do ser humano. Estudos recentes mostram como a dos olhos sofreu. Segundo revisões científicas, a falta de exposição ao ar livre estaria agindo como gatilho para o desenvolvimento de miopia para quem tem predisposição por herança genética.
Nos últimos 50 anos, o número de míopes duplicou. Até 2050, estima-se que quase metade da população tenha o problema. Comumente diagnosticado na infância, as pessoas com miopia têm dificuldade de enxergar com clareza objetos distantes.
— Temos visto mesmo aqueles de pouco risco genético ficando míopes. É o efeito do ambiente no gene. Ainda não se sabe a relação entre a exposição ao ar livre e a miopia, mas essa conexão existe. Por isso, crianças com atividades ao ar livre, de duas a quatro horas por semana, têm menos chances de desenvolver a miopia no futuro — diz Wallace Chamon, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
Há ainda a especulação de que o uso cada vez mais comum e precoce por crianças de aparelhos digitais com telas LCD, com muito tempo focando a vista em objetos próximos, possa estar influenciando o aumento de casos.
— O que preocupa é que para cada cem míopes, de 8 a 10 tem alta miopia (a cima de 7 a 8 graus), que pode gerar problemas de retina, glaucoma. Prejudica a qualidade de vida — alerta o o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto.
A miopia está entre as primeiras causas de cegueira no mundo.
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Redação iBahia
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