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SAÚDE

"Mundo está perdendo batalha contra ebola" avisa organização

O vírus do ebola, para o qual não existe tratamento, nem vacina, causou, até 26 de agosto, mais de 1.500 mortes

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02/09/2014 às 19:03 • Atualizada em 01/09/2022 às 18:04 - há XX semanas
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A presidente da organização humanitária internacional Médicos sem Fronteiras (MSF), Jeanne Liu, disse nesta terça-feira (2) que o mundo está “perdendo a batalha” contra a epidemia do vírus ebola, que continua progredindo na África Ocidental. “Em seis meses da pior epidemia de ebola da história, o mundo está perdendo batalha. Os líderes não estão conseguindo travar esta ameaça transnacional”, disse Jeanne Liu, durante discurso nas Nações Unidas, em Nova Iorque, divulgado pela organização humanitária. “O anúncio [da Organização Mundial de Saúde (OMS)], de 8 de agosto, de que a epidemia constituía uma ‘emergência de saúde pública de preocupação internacional’ não levou a uma ação decisiva e os estados uniram-se essencialmente numa coligação global de inatividade”, criticou a representante do MSF. No mesmo discurso, Jeanne Liu pediu à comunidade internacional para financiar a instalação de mais camas para uma rede regional de hospitais de campanha, o envio de pessoal médico qualificado e a distribuição de laboratórios móveis na Guiné-Conacri, em Serra Leoa e na Libéria. O vírus do ebola, para o qual não existe tratamento, nem vacina, causou, até 26 de agosto, mais de 1.500 mortes em 3.069 casos registrados pela OMS. Destes casos, a Libéria registrou 694, a Guiné-Conacri 430, Serra Leoa 422 e a Nigéria seis. A OMS indicou hoje que a epidemia fez 31 vítimas na República Democrática do Congo, esclarecendo que a doença permanece circunscrita à região Noroeste do país. Perante o atual ritmo de contágio, a agência das Nações Unidas indicou que demorará entre seis meses a nove meses, e uma verba de pelo menos US$ 490 milhões, para conseguir controlar a epidemia, que poderá atingir 20 mil pessoas.
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