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Pesquisadores argentinos anunciaram a criação da primeira vaca transgênica a possuir dois genes humanos capazes de codificar proteínas presentes no leite materno. A bezerra Rosita ISA, da raça Jersey, nasceu em 6 de abril; quando for adulta, deve produzir leite com características mais próximas às presentes no leite gerado por humanas. Pelo menos, é isso o que esperam os pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária e da Universidade Nacional de San Martín, em Buenos Aires. A equipe liderada por Germán Kaiser e Nicolas Mucci, do INTA, e Adrián Mutto, da UNSAM, utilizou engenharia genética para construir células transgênicas da vaca. Eles conseguiram colocar dois genes humanos em apenas um local do genoma bovino. Isso significa que as duas proteínas são expressas juntas e somente na glândula mamária durante o período de lactação. Essas células transgênicas passaram por um processo de clonagem, e os embriões obtidos foram transferidos a vacas receptoras. O feito não significa, no entanto, que o leite da vaca será idêntico ao humano. Os anticorpos produzidos pela mãe, por exemplo, e que são transmitidos ao bebê durante a amamentação, não são produzidos pela vaca. A pesquisa com a Rosita ISA visa auxiliar a nutrição, e não substituir o aleitamento materno.