O médico que foi preso após dizer que uma mulher negra tinha "sangue de branco" foi solto nesta sexta-feira (23), depois de passar dois dias no Conjunto Penal de Itabuna, no sul da Bahia. O caso foi registrado pela Policia Civil (PC) como injúria racial.
De acordo com a defesa de Luís Leite, o homem foi liberado depois de passar por audiência de custódia e pagar uma fiança.
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Foi determinado o pagamento no valor de 10 salários mínimos, que equivale a R$ 14.120. O médico irá responder em liberdade.
Crime
A injúria racial aconteceu na quarta-feira (21). A vítima é uma auditora que presta serviço para a Secretaria de Saúde do estado (Sesab), e fazia uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde o suspeito estava de plantão.
Na denúncia, a auditora, que é uma mulher negra, descreveu a situação durante depoimento à Polícia Civil (PC).
"A vítima diz que trata-se de uma frase racista, ela estava no hospital quando foi abordada por esse médico, elogiando a cor da pele e afirmando que se ela tem uma pele bonita é porque ela tem sangue de branco", detalhou a delegada Lisdeili Nobre, antes de repetir outra ofensa que teria sido falada pelo obstetra:
"Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, afirmo que se você é bonita é porque você tem sangue branco".
O que diz a defesa
Em contato com a reportagem, no dia do crime, a defesa do médico negou a acusação. De acordo com a advogada Linda Andrade, Luís "avistou a moça" e "fez um elogio para o colega de trabalho dele".
"Comentou que a moça era bonita, tinha a pele bonita. Ele, em momento algum, dirigiu a palavra pra moça ou dirigiu esse elogio pra suposta vítima", justificou.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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