O Fundo da Nações Unidas Para a Infância (UNICEF) lançou a “Análise de Dados: Homicídios de Crianças, Adolescentes e Jovens em Salvador”. A publicação se baseia em dados do estado da Bahia e do município de Salvador e traz especial atenção ao bairro de Valéria, território priorizado pelo UNICEF e Prefeitura em Salvador na "Agenda Cidade UNICEF".
![9 em cada 10 adolescentes e jovens assassinados em Salvador são negros](https://cdn.ibahia.com/img/inline/330000/500x400/9-em-cada-10-adolescentes-e-jovens-assassinados-em0033302300202412221106-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.ibahia.com%2Fimg%2Finline%2F330000%2F9-em-cada-10-adolescentes-e-jovens-assassinados-em0033302300202412221106.jpg%3Fxid%3D1766044&xid=1766044)
Foram registrados 5.595 homicídios na Bahia em 2023, dos quais 1.103 aconteceram na capital – uma taxa de 63,7 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. Deste total, 467 casos (42,3%) envolveram vítimas de até 24 anos. E, dentro deste grupo, cerca de 90% envolveram vítimas negras (o estudo segue a classificação do IBGE e considera como “negras” a soma das pessoas pretas e pardas).
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Os dados apresentados no estudo são provenientes de três fontes: o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM DATASUS), da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB); a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM DATASUS) da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS). O período pesquisado se refere compreende de janeiro a dezembro de 2023.
Para a chefe do escritório do UNICEF em Salvador, Helena Oliveira, o estudo realça dois aspectos na análise dos indicadores. O primeiro, de que o estudo ajuda a comprovar as dimensões raciais que determinam a violência contra crianças, adolescentes e jovens em Salvador. Além disso, que crianças, adolescentes e jovens na Bahia tornam-se objeto de atenção de política pública para o enfrentamento dos homicídios. “Esta é mais uma evidência do racismo na nossa sociedade”, diz. “É preciso implementar políticas públicas que considerem os determinantes raciais nas medidas de prevenção e proteção de meninas e meninos”, completa.
O estudo, conduzido pela pesquisadora Poliana Ferreira, do Justa, busca oferecer subsídios para engajar diferentes setores da sociedade na construção de estratégias efetivas de conscientização e enfrentamento da violência às crianças e adolescentes. A parte final traz uma série de recomendações do UNICEF para melhorar as políticas públicas voltadas para a prevenção e resposta de homicídios de crianças, adolescentes e jovens em Salvador.
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Redação iBahia
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