Diante da intensa chuva que atingiu Salvador de surpresa na manhã desta terça-feira (26), quando algumas localidades tiveram picos de quase 250mm de precipitação nas últimas 12k, a exemplo da região de São Caetano e da Liberdade. Acompanhado de dirigentes e técnicos municipais, o prefeito ACM Neto esteve nas ruas da cidade pela tarde para vistoriar áreas mais castigadas e adotar providências.
Uma das áreas vistoriadas foi a Ladeira do Cacau, em São Caetano, onde houve um deslizamento da encosta do lado oposto do local onde a Prefeitura já fez a obra de contenção. Essa é a única via da cidade que sofreu transtornos, mas que continua interditada até que a Limpurb termine a limpeza e que seja feita uma avaliação sobre se há risco de novos deslizamentos. Além disso, o vice-prefeito e secretário de Infraestrutura e Obras Públicas, Bruno Reis, anunciou que fará um projeto para a realização da contenção desse lado da ladeira.
"Salvador vem enfrentando, nas últimas horas, uma das maiores chuvas dos últimos anos. Chegou a chover 170 milímetros em três horas. Nunca choveu tanto em um mês de dezembro nos últimos dez anos, com uma média histórica de 106,5mm, graças ao dia de hoje. As informações que a população da Ladeira do Cacau nos traz é de que havia alguém escavando uma parte da base da encosta que desabou, felizmente sem vítimas fatais. Mas o fato é que já estamos tomando todas as providências para que a via seja liberada o mais rápido possível", disse ACM Neto.
Durante a coletiva, o prefeito ressaltou que, se não fossem os investimentos de mais de R$120 milhões em obras de contenção de encosta (76 já entregues e outras 18 em execução), a cidade teria sofrido muito mais. Além disso, ACM Neto destacou os investimentos em tecnologia de prevenção e alerta destinados à Defesa Civil de Salvador (Codesal), a exemplo da instalação de pluviômetros e 48 pluviômetros, duas estações meteorológicas, e duas estações hidrológicas.
Coletiva
Após a vistoria na Ladeira do Cacau, ACM Neto comandou uma coletiva na sede da Codesal, na Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), ao lado de Bruno Reis, do diretor-presidente da Defesa Civil, Sosthenes Macêdo, e outros dirigentes municipais. Na ocasião, o prefeito fez um balanço da atuação de todos os órgãos que participam da chamada Operação Chuva, a exemplo das secretarias de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Manutenção (Seman) e Limpurb, além da própria Codesal.
ACM Neto lembrou que autorizou o acionamento das sirenes em áreas mais atingidas pelas chuvas e com risco maior à vida das pessoas, conforme rege o Plano de Proteção e Defesa Civil (PPDC) da Codesal. As sirenes foram acionadas na Baixa de Santa Rita (São Marcos), no Calabetão, no Bom Juá, na Vila Picasso, na Voluntários da Pátria (Santa Luzia), na Baixa do Cacau, nas comunidades do Mamede I e Mamede II (Alto da Teresinha), na localidade de Moscou (Vila Canária) e no Bosque Real (Sete de Abril).
"Acolhemos todas essas famílias, que foram encaminhadas para locais seguros. Por isso, pedimos sempre a essas pessoas que não insistam em permanecer em áreas de risco e procurem a Prefeitura. As equipes da Codesal e da Sempre estão sempre prontas para essas famílias. Somente este ano, já pagamos o equivalente a R$10 milhões em auxílios moradias", salientou ACM Neto.
Durante todo dia de hoje, 275 pessoas, sendo 183 adultos e 92 crianças, foram removidas de suas casas em regiões de risco e acolhidas pela Prefeitura. A Sempre já distribuiu 360 colchonetes para as famílias que foram tiradas de suas casas e encaminhadas a domicílios de parentes. Até agora, a Codesal já registrou 276 ocorrências pela cidade em função das chuvas.
O prefeito ressaltou também que equipes da Seman tiveram dificuldades em chegar aos locais de alagamento pela manhã, em função dos engarrafamentos. Mas frisou que essas equipes já estão atuando para que a cidade retome a normalidade. No caso da Avenida Antonio Carlos Magalhães, ACM Neto explicou que os alagamentos se formaram, mais uma vez, em função das obras de implantação dos corredores do BRT.
"Já sabíamos que isso iria acontecer porque as obras fazem temporariamente o barramento do canal. Mas, quando estiver tudo pronto, essas intervenções irão solucionar em definitivo esse problema na ACM".
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Redação iBahia
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