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SALVADOR

Acusada diz que é vítima e que convenceu os bandidos liberá-la

Scarleth Lira Maia Gomes, 18 anos, acusada de bater em aluno da Ufba, nega envolvimento

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16/04/2013 às 9:49 • Atualizada em 02/09/2022 às 7:22 - há XX semanas
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Scarleth foi apontada como isca e principal agressora
A polícia apresentou ontem a ex-jogadora de basquete e carateca Scarleth Lira Maia Gomes, 18 anos, como acusada de participar da morte do estudante de Comunicação da Ufba Itamar Ferreira Souza, 25, na madrugada de sábado, no Campo Grande. A história também ganhou novas versões ontem depois que a polícia ouviu Edmilson Santos de Oliveira, 42, que estava com Itamar no momento do crime e foi localizado internado no HGE. A jovem foi apresentada ontem no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), depois de ter sido presa por agentes da unidade, no domingo, no Pau Miúdo, onde morava com a avó. A polícia aponta Scarleth como a principal autora dos golpes que deixaram Itamar e Edmilson inconscientes após o ataque do quarteto. Depois das agressões, os dois foram deixados numa fonte da praça. Scartleth estaria junto com os moradores de rua e suspeitos do crime Ricardo Hohlennerger dos Santos, o Lerdinho, preso no sábado; um homem conhecido como Índio, ainda procurado; e um adolescente de 17 anos, apreendido no sábado. “Ela conduziu as pessoas para aquele local e com o menor e os outros dois autores acharam que o momento era oportuno e abordaram as vítimas, dando golpes”, afirmou o diretor do DHPP, Jorge Figueiredo. Ainda segundo o delegado, ela andava com o grupo por causa de drogas. “Scarleth envolveu-se com eles porque fazia uso de maconha e possivelmente de cocaína”, disse o delegado. A polícia informou que, segundo testemunhas, Lerdinho fornecia drogas para Scarleth. O delegado revelou que Scarleth já morou na Bolívia e na Guiana, atuando como jogadora de basquete profissional. “Foi uma surpresa quando descobrimos que ela tinha uma residência, pois depoimentos de testemunhas indicam que ela perambulava pelas ruas do Centro com o trio de moradores de rua”, explicou o delegado. Hotel Ainda de acordo com a polícia, em depoimento, a garota negou envolvimento, dizendo ter conhecido as vítimas naquela noite de sexta-feira, em um bar, no Beco dos Artistas, onde, depois de beberem cerveja, decidiram pernoitar em um hotel, no Centro. Quando passavam pelo Campo Grande, teriam sido abordados pelos três moradores de rua. Scarleth afirmou ainda ter conversado com os bandidos, convencendo-os a deixá-la ir embora sem que nada lhe fosse roubado. Após a apresentação, Scarleth foi levada para a carceragem da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Brotas. Edmilson Já o eletricista Edmilson, que também foi deixado na fonte, mas sobreviveu e estava desaparecido desde a noite do crime, foi ouvido por uma equipe do DHPP após ser localizado no HGE. Ele está internado com escoriações por todo o corpo, sem previsão de alta, mas fora de risco, de acordo com a Sesab. À polícia, Edmilson contou uma nova versão sobre o crime. Ele rejeitou a versão relatada por Ricardo (veja ao lado) de que ele e Itamar tivessem bebido junto com o grupo de agressores no bar. Segundo ele, os dois foram abordados pelos assaltantes quando estavam “passeando” no Campo Grande depois de terem bebido em bares da Lapa e Beco dos Artistas. Ele negou à polícia que seja homossexual, mas, de acordo com a delegada Simone Moutinho, da 3ª Delegacia de Homicídios, “testemunhas que estavam no local, inclusive o menor apreendido, viram ele namorando Itamar”. Edmilson mora com uma mulher há cinco anos em Campinas de Brotas e é pai de dois filhos adolescentes. A família se diz surpresa com o caso. “Éramos próximos, bebíamos juntos e nunca suspeitamos que ele fosse homossexual”, contou ao CORREIO um primo da mulher de Edmílson que não quis se identificar. A família também rejeitou a versão de que Itamar procurasse sexo grupal. Segundo a irmã Carla, Itamar não praticava orgias e tinha um comportamento “normal”. Era estudioso e teria aprendido inglês e espanhol sozinho. “Ele era o caçula. Estudou a vida inteira em colégio público. Era nosso orgulho, e mataram ele por nada”.
Matéria original Correio 24h Acusada diz que é vítima e que convenceu os bandidos a não ser roubada

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