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SALVADOR

Ao menos 28 igrejas e capelas pelo país celebram Irmã Dulce hoje

Em 13 de agosto de 1933, foi a primeira vez que a religiosa, ainda com 19 anos, vestiu o hábito e decidiu adotar o nome de Irmã Dulce

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13/08/2014 às 7:50 • Atualizada em 28/08/2022 às 11:19 - há XX semanas
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Igrejas e capelas pelo país celebram Irmã Dulce
(Foto: Almiro Lopes)

Em 13 de agosto de 1933, há exatos 81 anos, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes ingressava na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (SE). Foi a primeira vez que a religiosa, ainda com 19 anos, vestiu o hábito e decidiu adotar o nome de Irmã Dulce. Décadas mais tarde, Irmã Dulce se tornaria um ícone da Bahia, por sua extensa obra em favor dos pobres, enfermos e desvalidos, e, após sua morte, em 1992, continuou sendo celebrada, pelas graças alcançadas em seu nome, agora já tanto aqui quanto fora. Em maio de 2011, ela recebeu o título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, ocasião em que o dia 13 de agosto se tornou, oficialmente, a data da celebração de sua festa litúrgica, que será comemorada hoje, em Salvador, e em pelo menos 28 igrejas e capelas de outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Em Sergipe, onde ela começou sua trajetória religiosa, está sendo construída a primeira paróquia dedicada a ela – a Igreja Matriz da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, erguida no bairro de Aruana, em Aracaju. E esta é apenas mais uma homenagem que faz do Anjo Bom da Bahia um patrimônio do Brasil. Pelo país Entre as cidades que já possuem ou terão igrejas e capelas dedicas à freira baiana estão Malhador, Itabaiana e Nossa Senhora das Dores, também em Sergipe; Fortaleza, Quixeré e Quixadá, no Ceará; Teresina (PI); Belo Horizonte (MG); Tremembé e Piracicaba, em São Paulo. Segundo a sobrinha da beata e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), Maria Rita Lopes Pontes, hoje também haverá a inauguração de uma paróquia em Amélia Rodrigues, em homenagem à beata, onde o Dia de Irmã Dulce também será celebrado. “As comemorações são importantes, principalmente, por trazer a memória dela para jovens que não a conheceram. Essas mantêm os valores dela muito presentes”, observa. Apesar de o direito canônico de veneração estar restrito ao Brasil, já que Irmã Dulce ainda não foi santificada, há relatos de graças e também pedidos de relíquias vindos de fora do país, o que amplia ainda mais o alcance da obra da beata. “Recebemos relatos de graças e pedidos de relíquias vindos das Filipinas e até do Vietnã, onde há uma restrição religiosa muito grande”, conta o assessor de memória e cultura das Osid, Osvaldo Gouveia.
Milagres Na Bahia, a história de Irmã Dulce já lhe rende santidade antes mesmo de ser declarada santa pelo Vaticano. Desde 2011, quando a freira recebeu o título de Bem-Aventurada, 3.500 relatos de graças atribuídas a ela foram recebidos nas Osid, que avalia os possíveis milagres. Hoje, com a festa em honra à Bem-Aventurada sendo realizada no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, os peritos das Obras Sociais analisam dois relatos com mais cuidado e que podem ser enviados para o Vaticano e passar por uma nova avaliação da Igreja até que possam ser considerados milagres e a freira seja canonizada. Segundo Osvaldo Gouveia, um deles está sendo analisado há mais de um ano e o outro, há quatro meses. “É necessária uma riqueza documental muito grande. Um dos primeiros reconhecimentos é que os médicos não conseguem explicar, é algo transcendental, que não tem outra razão”, relata. Para que Irmã Dulce seja canonizada, é necessária a comprovação de mais um milagre. Os relatos são referentes a diversas situações, mas é comum que os casos relacionados à saúde sejam mais propensos a ser considerados milagres. “São relatos de reconciliações familiares, pessoas que largam as drogas, questões de dinheiro. Mas acabamos caminhando para as questões de saúde, de cura, pela necessidade de comprovação documental”, detalha Gouveia, das Osid. Em Salvador, a avaliação é feita por dois médicos peritos, que foram credenciados pelo Vaticano para exercer a função e por estarem tão próximos à importância de Dulce para a Bahia, o trabalho precisa ser realizado com muito cuidado.
“O perito daqui, mesmo que não seja católico, pode se deixar tocar pelo mito, por mais que queira ser imparcial, porque eles estão mais próximos dela”, comenta Gouveia. Ainda segundo ele, “na Itália, eles (peritos) são completamente distantes e dois dos peritos não são nem católicos, justamente para que não haja dúvidas quanto ao caso”. Celebrações No Santuário da Bem-Aventurada, no Largo de Roma, as celebrações começam às 6h30, com a Missa da Aurora, e vão até depois das 18h, quando começa uma procissão luminosa em torno da Praça Irmã Dulce, no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, quando os fiéis vão seguir em uma procissão até a Praça Irmã Dulce. Programação 6h30, Missa da Aurora, celebrada por dom Tommaso Cascianelli 8h30, Missa dos Enfermos, celebrada por frei Mário Erky 10h, Missa Solene, comandada pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger 14h, Ciranda de Fé, celebrada pelo padre Lázaro Muniz 17h, Missa dos Devotos, sob o comando do frei Vandeí Santana 18h, Procissão Luminosa em torno da Praça Irmã Dulce, sempre a partir do Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres Matéria original do Correio Ao menos 28 igrejas e capelas pelo país celebram Irmã Dulce hoje

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