O local em Águas Claras onde uma médica de 32 anos foi estuprada na última sexta-feira, após ser sequestrada em um estacionamento privativo em frente ao Hospital São Rafael, foi localizado pela Polícia Civil, no último domingo. De acordo com o delegado Willian Achan, titular da 10ª Delegacia (Pau da Lima), a vítima refez o percurso com os investigadores e apontou o local. Lá, foi encontrado o jaleco dela. Temos uma equipe em campo hoje (ontem) tentando encontrar possíveis testemunhas, que seriam os moradores das redondezas. Também estamos procurando câmeras ao longo do percurso”, explicou. No início, segundo o delegado, foi difícil refazer o caminho percorrido pela vítima e pelo agressor — já que a médica é do interior do estado. Ela veio morar em Salvador para fazer faculdade e é residente no Hospital São Rafael. Da vítima, o homem levou um iPhone, um tablet e dinheiro. Achan afirmou que, diferentemente do que foi divulgado nos últimos dias, o carro da médica, um Honda Civic, não foi levado pelo agressor. “Ele fugiu a pé e a vítima ficou com o carro. Ela dirigiu até conseguir ajuda”, contou. A informação corrobora o que foi divulgado pela polícia no último domingo, de que a vítima, em depoimento, afirmou que o suspeito parecia não saber dirigir. Ela ainda o descreveu como “um homem negro, de 1,70 m de altura, boa oratória e esclarecido, demonstrando bem conhecimento geral”. O suspeito vestia jaleco em frente à unidade de saúde, por volta das 18h40 daquela noite. O suspeito entrou no carro com ela e fez com que a médica dirigisse até um matagal em Águas Claras, onde cometeu a violência sexual. Diretora do Departamento de Polícia Metropolitana, a delegada Maria Fernanda Porfírio esteve no local do estupro. Segundo ela, é uma área de vegetação fechada. “É um local de dificílimo acesso. Só alguém que conhece consegue chegar lá. É um local tenebroso, que ele certamente conhecia”, afirmou a delegada. Porfírio relata que não há nenhuma comunidade próximo ao local. Em nota, o São Rafael afirmou que a instituição tem oferecido o apoio necessário à médica, preservando-a de exposição. Na mesma nota, a assessoria do hospital revelou estar em contato com o Well Park para cobrar medidas que possam evitar outros casos dessa natureza no futuro. O Well Park informou que cedeu para a polícia as imagens do circuito interno de segurança do estacionamento. Ainda de acordo com o delegado, as imagens das câmeras estão sendo avaliadas pelo Departamento de Inteligência da Polícia Civil. “Elas estão sendo melhoradas para tentar ver alguns traços do autor e, a partir disso, ver se bate com o retrato da vítima”. Segundo o diretor de fiscalização do Procon, Iratan Vilas Boas, o estacionamento pode ser responsabilizado, ainda que não tenha culpa.
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