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SALVADOR

Após explosão de imóvel, prédios vizinhos serão demolidos

Segundo a Codesal, os pilares centrais das duas construções foram abalados; o músico Danilo Silva, 23, morreu carbonizado no acidente

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17/05/2013 às 9:10 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:53 - há XX semanas
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O cabeleireiro Jefferson do Carmo Guimarães nunca vai trabalhar passando pela rua General Labatut, próximo à Praça da Revolução, em Periperi. Ontem, mudou o caminho e presenciou o desabamento de um prédio de três andares. Os escombros voaram na explosão e caíram sobre seu carro. Por volta das 14h, ele dirigia seu Celta quando ouviu uma explosão. Segundos depois, o prédio desabou. O músico Danilo Silva, 23, morreu carbonizado e quatro pessoas ficaram feridas. “Quando eu vi a bola de fogo vindo pra cima do meu carro, pensei que o mundo estava acabando. Foram duas explosões muito fortes. Começaram a voar pedaços do prédio para todos os lados. Pensei que eu ia morrer”, conta o cabeleireiro, que teve ferimentos leves. O delegado Nilton Borba, titular da 5ª Delegacia (Periperi) diz que a principal suspeita para o desabamento do prédio foi a explosão provocada pela fabricação clandestina de espadas de São João em um estúdio de música que funcionava no prédio. “Danilo estava em um dos cômodos da casa que era usado para fabricação de espadas. Isso foi confirmado quando localizamos muitos bambus usados para bases de espadas. O volume de pólvora causou o impacto explosivo”. O segurança e músico Josenilson Oliveira, amigo de Danilo e do PM Geisiel Carvalho Barbosa, 28, - que estava no prédio no momento da explosão - disse que era comum o grupo de amigos soltar espadas no período junino. “Fazíamos isso todos os anos e as espadas eram fabricadas por aqui mesmo”, relata. Os familiares de Danilo, que também moram na rua, não quiseram falar. Danilo tocava em uma banda de reagge e estava no prédio porque no local funcionava um estúdio onde ele ensaiava com o grupo. O mecânico Marivaldo Barbosa é apontado pela polícia como proprietário do imóvel. “No andar térreo funcionava a oficina dele e um armarinho da filha. No segundo andar era o estúdio de música onde começou a explosão, e, em cima, uma residência”, explica o capitão Bruno Von Czekus Soares, subcomandante da 18ª Companhia Independente da PM (Periperi). FeridosMarivaldo é pai do PM Geisiel, que teve ferimentos leves, foi atendido no Hospital do Subúrbio e liberado. Os outros sobreviventes foram salvos por moradores como o mecânico Cássio Rocha, amigo de Marivaldo. “Corremos na hora da explosão para tentar salvar as pessoas. A mulher e as crianças foram tiradas pelo prédio do lado. Tinha muita fumaça. Ficou difícil entrar para salvar o outro rapaz”, diz. Maria Carvalho Barbosa, esposa de Marivaldo, teve escoriações leves. Duas crianças - de 2 e 12 anos - que estavam no prédio foram levadas para o Hospital do Subúrbio e até as 22h de ontem estavam em observação na UTI pediátrica. ResgateO delegado informou que serão ouvidos os sobreviventes e o proprietário do prédio. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) periciou o local para identificar as causas da explosão. O laudo deve ser concluído em 30 dias. O engenheiro da Defesa Civil (Codesal) José Carlos Palma informou que o impacto abalou a estrutura dos prédios vizinhos. “O prédio do lado e o do fundo terão que ser demolidos, pois os pilares centrais das duas construções foram abalados. Essa demolição será feita amanhã (hoje) pela prefeitura. Isso seria de responsabilidade do dono do imóvel que provocou o sinistro, mas decidimos fazer”. A operação para retirada do corpo de Danilo dos escombros durou das 14h às 20h. Participaram da ação cerca de 100 profissionais entre bombeiros, policiais civis e militares, guardas municipais, agentes da Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop), que usaram uma retroescavadeira para quebrar a laje do prédio. Por volta das 17h, faltou água no carro dos bombeiros. “É uma vergonha não ter água nos bombeiros e a gente ter que jogar de balde”, bradou um parente da vítima. Os responsáveis pelos bombeiros no local informaram que como a rua não tinha hidrante próximo foi necessário reabastecer o carro-pipa, que só retornou depois de 30 minutos. Todo o movimento foi acompanhado - mesmo com a forte fumaça e chuva no início da noite - por muitos curiosos. O fornecimento de energia elétrica em dez ruas da região foi suspenso em função da demolição do prédio. Matéria original do Correio Após explosão de imóvel, prédios vizinhos serão demolidos nesta sexta

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