Três testemunhas de um caso de tortura contra presos na Cadeia Pública de Salvador, em 2010, foram ouvidas nesta quarta-feira (9) em audiência no Fórum Criminal. A denúncia do Ministério Público é contra 32 agentes penitenciários, acusados de torturarem pelo menos 160 presos. O caso foi em 23 de junho daquele ano. A primeira testemunha, que também foi vítima, disse que os presos foram agredidos e chegaram a receber eletrochoques de agentes penitenciários. A segunda afirmou que houve agressões com uso de spray de pimenta. Tudo foi reafirmado pela terceira testemunha ouvida. As sessões seguem na sexta-feira (11), com mais vítimas prestando depoimento, e nos dias 23 e 25 de outubro. Cinquenta vítimas foram intimadas para prestar depoimento nesta segunda fase. Na primeira, em abril, foram ouvidas 24 vítimas. Tortura As agressões foram denunciadas pelos familiares dos presos depois de uma vistoria feita pela juíza Andremara dos Santos, da Vara de Execuções Penais. Um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso. A prática do crime de tortura foi constatada em laudos de lesões corporais feitos nas vítimas. Além dos 32 agentes, também respondem ao processo os diretores da Cadeia Pública de Salvador Everaldo Jesus de Carvalho (diretor-geral), Clésio Rômulo Atanásio Sobrinho e Crispim Borges (diretores adjuntos). Embora não tenham participado diretamente das agressões eles respondem pelo mesmo delito por omissão, já que presenciaram o fato e se abstiveram do dever de impedir o resultado, conforme consta nos autos. A informação é do Tribunal de Justiça (TJ-BA). Matéria Original: Correio 24hTestemunhas de caso de tortura em cadeia de Salvador são ouvidas em audiência
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade