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SALVADOR

Baiano que matou 3 em shopping de SP é absolvido por tentar matar colega de cela

Em 2010, Meira foi encaminhado para o Hospital de Custódia e Tratamento, quando utilizou uma tesoura para tentar matar Francisco Vidal Lopes

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11/10/2011 às 13:58 • Atualizada em 07/09/2022 às 2:03 - há XX semanas
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Mateus Meira foi considerado inimputável
O ex-estudante de medicina baiano Mateus da Costa Meira, que matou três pessoas em um cinema de São Paulo em 1999, foi absolvido da acusação de tentar matar o seu companheiro de cela na penitenciária Lemos Brito, em Salvador, durante o julgamento realizado na 1ª Vara do Tribunal do Júri, nesta terça-feira (11), no Fórum Ruy Barbosa. Em 2010, Meira foi encaminhado para o Hospital de Custódia e Tratamento de Salvador, quando utilizou uma tesoura utilizada nos serviços artesanais para tentar matar Francisco Vidal Lopes, seu companheiro de cela. No julgamento de hoje, ele foi considerado inimputável, ou seja, não pode ser considerado responsável pelos seus atos em razão de transtornos psquiátricos. Mateus veio transferido de São Paulo para Salvador em fevereiro de 2009 para cumprir parte dos 120 anos aos quais foi condenado pelo atentado no Shopping Morumbi quando matou três pessoas e feriu outras três. Paixão por travestiO ex-estudante de medicina acertou o coração de uma travesti e com ela se relacionou através de correspondências trocadas de dentro da prisão. Foram 49 cartas às quais o jornal Folha de S. Paulo teve acesso em outubro de 2010. De acordo com a reportagem da Folha, Mateus se correspondeu com a travesti, que costumava tratar como “querida Alcione”, entre maio de 2001 e outubro de 2003. Pelo conteúdo dos manuscritos, Mateus, que pegou 120 anos de pena, parecia querer manipular Alcione. Conquistando-a, poderia usá-la aqui fora. Foi o que fez. Em boa parte das cartas, desenhava signos amorosos como corações flechados. Parecia querer ganhá-la pela infantilidade. “Sou seu amiguinho”, assinou em 15 de maio de 2001, ao lado do desenho do rosto de uma criança, de óculos, como se fosse sua própria representação. Acima, na mesma carta, rabiscou uma casa, uma árvore, o sol atrás de uma nuvem e um avião. No texto, porém, Mateus oscilava entre elogios afetuosos, quando a tratou como uma “heroína”, e ordens incisivas. Por vezes, o atirador do shopping também demonstrava irritação. Alcione, na verdade Antonio Alcione Carvalho, sempre respondia com declarações apaixonadas. Mateus esnobava. “Já sei que você me ama, mas não precisa ficar repetindo”.

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