A manifestação dos caminhoneiros atingiu o KM 617 da BR-324, próximo ao supermercado Makro, no sentido Feira de Santana-Salvador, no final da tarde desta segunda-feira (9). Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o fechamento de parte da via está causando um congestionamento de 7km.A passagem de carros de passeio está liberada. A PRF está no local e faz negociação com os caminhoneiros.
No início da tarde, mais dois trechos de rodovias na Bahia foram fechados pelo protesto dos caminhoneiros liderado pelo Comando Nacional do Transporte. O primeiro trecho a ser fechado foi a BR-407, próximo a entrada de Capim Grosso, por volta das 6h30. A via que inicialmente estava bloqueada totalmente no início do protesto, passou a permitir a passagem de ônibus, veículos de passeio e caminhões com produtos perecíveis ainda no final da manhã. Não houve engarrafamento porque os veículos ficaram parados em postos de combustíveis da região. O protesto no local está previsto para ser encerrado às 17h. ReivindicaçõesOs transportadores pedem redução no preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a saída da presidente da República, Dilma Rousseff, do poder. Os atos de protesto acontecem na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
A greve ganhou o apoio de grupos como Movimento Brasil Livre e Vem pra Rua. Os líderes do movimento garantem já ter grande apoio também de caminhoneiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A expectativa é atingir pelo menos 70% do País inicialmente.ContraVárias entidades que representam o setor se manifestaram contra esse movimento e veem interesses políticos por trás dessa paralisação. Para o Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam-PA), a greve é organizada “por pessoas que não fazem parte da categoria e estão aproveitando o momento de dificuldade que o País passa”.Já a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) diz que “os problemas que afetam a categoria são muitos e que, para resolvê-los, é preciso coesão e sabedoria”.Entidades de Goiás e Tocantins também assinaram, juntos, um documento contra a greve. Principal alvo dos sindicatos, Ivar Schmidt tem 44 anos, mora em Mossoró (RN) e nega qualquer vínculo partidário. Caminhoneiro, ele começou a se destacar há um ano e, em 2015, criou o “Comando Nacional do Transporte”.
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