Muita gente deixou para comprar o presente de Dia das Mães na última hora, mas acabou ganhando tempo ao resolver duas pendências de uma vez só. Foi o que aconteceu com o comerciante Antônio Oliveira, 65 anos, que, quando estava saindo do supermercado já com o presente na mão, avistou um dos 150 postos de vacinação contra a influenza (H1N1) e resolveu participar do Dia D de Imunização, realizado neste sábado (12) em shoppings, mercados, estações de transbordo e escolas.
“Não sabia da campanha. Quando vi, resolvi me vacinar logo”, contou Antônio, enquanto segurava a fritadeira que comprou para dona Luzia, 87 anos, um presente “cheio de segundas intenções”. “Claro! Já viu filho não gostar da comida da mãe? A melhor comida do mundo é a dela”, garantiu sorridente.
Outro que aproveitou o Dia D da campanha nacional foi o metalúrgico Laércio Andrade, 41, que, antes de comprar o presente da esposa, passou no posto de saúde instalado em um shopping com os filhos Lucas, 18, e Mariana, 10. “Como vi no site que teria posto nos shoppings, fiquei despreocupado. Resolvi as duas coisas em um dia só”, comemorou Laércio.
Ele e os filhos são alérgicos, por isso conseguiram se vacinar na campanha dedicada ao grupo prioritário: idosos (a partir de 60 anos), crianças (de 6 meses a menores de 5 anos), portadores de doenças crônicas, gestantes, trabalhadores de saúde do serviço público e privado, professores e puérperas (mulheres que ganharam bebê nos últimos 45 dias).
O corretor de imóveis Oswaldo Gonçalves, 53, não fazia parte do grupo, mas foi acompanhar a filha, Maria Clara, 14, que é asmática e estava apreensiva. “Nem doeu”, constatou a garota logo depois, com um sorriso tímido. “Essa campanha é importante, porque aproveita a movimentação da cidade. Você resolve os presentes e se protege”, elogiou a mãe de Maria Clara, a enfermeira Daniela Gonçalves, 31, que também conseguiu se imunizar.
Ao todo, 42% das pessoas foram vacinadas e a meta é chegar a 90% do grupo de risco composto por 541.451 pessoas. A campanha segue até 1º de junho, de segunda a sexta, das 8h às 17h, nos 126 postos de saúde tradicionais de Salvador. Até agora, 61 casos da doença já foram confirmados na capital baiana em 2018, com 10 mortes, sendo o último de uma criança de apenas 2 anos, moradora do bairro Horto Florestal.
“Percebemos uma adesão maior em shoppings, supermercados, escolas, creches, associações, igrejas e estações de transbordo. Já na segunda-feira (14), vamos reunir a área técnica para repensarmos as estratégias e assim imunizar o maior número possível de pessoas elegíveis na campanha, evitando assim complicações por conta da gripe e até mesmo óbitos”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Luiz Galvão, sobre a possibilidade de uma nova campanha em postos volantes.
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Redação iBahia
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