Carga horária é o maior impasse entre rodoviários e empresários

Depois do anúncio do estado de greve feito pelo Sindicato de Rodoviários nesta quinta-feira (22), o assessor de relações sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setps), Jorge Castro, afirmou que várias tentativas foram feitas para que o estado de greve não fosse decretado em Salvador. "Tentamos exaustivamente, mas eles não querem acordo", concluiu.Ainda de acordo com Jorge Castro, os rodoviários querem negociar vários itens, inclusive a redução de trabalho, proposta que, segundo ele, não será discutida pelo Setps. Quanto à greve, Jorge disse que ainda não recebeu o comunicado da deflagração na terça-feira (27), nem do estado de greve que começou nesta quinta. Segundo ele, o Setps só vai se posicionar depois que receber um anúncio formal do Sindicato dos Rodoviários.

Categoria pede redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias

Em conversa com o iBahia, Daniel Mota, diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, informou que a categoria está aberta a negociações nesse período decretado como 'estado de greve'. "Nós estamos acreditando que após esse anúncio, os empresários e prefeituras venham aos rodoviários para discutirmos e chegarmos a uma solução favorável a todos. Mas o diálogo está aberto. E se nada for feito até segunda, a cidade amanhece sem ônibus na terça", afirmou. Segundo Daniel, o Setps não aceitou as propostas feitas pela categoria e nem apresentaram uma contraproposta. Desde o começo de abril, a categoria debate com o sindicato dos patrões 31 pontos de uma pauta de reivindicações. Entre itens da pauta de reivindicações dos rodoviários, eles pedem 15% de reajuste salarial, além de 63,5% de aumento no vale-alimentação, inclusão dos trabalhadores no programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) das empresas e redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias.