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SALVADOR

Circulação do transporte clandestino é liberada durante greve

“Não tem outra alternativa, tem que valer de transporte solidário e dos clandestinos mesmo", diz superintendente da Transalvador

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24/05/2012 às 8:02 • Atualizada em 27/08/2022 às 1:30 - há XX semanas
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A Agerba (agência estadual que fiscaliza os transportes) e a Transalvador decidiram liberar a circulação do transporte clandestino durante o período que durar a greve. “Não tem outra alternativa, tem que valer de transporte solidário e dos clandestinos mesmo. O alternativo torna-se essencial”, justificou o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho. “Não vamos para a rua fiscalizar porque seria um contrassenso. Não que eu seja favorável, não que eu ache bom. Mas, com o impasse terrível da greve, o cara tem que se virar de qualquer jeito. Ou é isso ou para o estado”, diz o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa.
Ele minimizou o risco dos passageiros ao optar pelo transporte clandestino, que não passa por vistorias periódicas. “O passageiro tem que ver e avaliar bastante se o transporte que está sendo oferecido é seguro. Se estiver em condições deploráveis é melhor não ir. Neste momento, o pessoal tem que se apegar ao que tem, infelizmente. Falar de outra forma é mentir”, ponderou. Ontem, no ponto de ônibus da Brasilgás, na BR-324, pediram R$ 60 à trabalhadora rural Sueli Freitas Palmeira, 61, para levá-la, junto com o filho e a nora, até Mata de São João, onde mora. De ônibus, ela pagaria R$ 13,80 pelas três passagens. “Isso é uma extorsão! Acho que vou ligar para minha filha vir buscar a gente ou dormir aqui mesmo, em Salvador”, reclamou.
O diretor da Agerba pediu que as extorsões sejam comunicadas. “Se isso acontecer, denuncie logo, porque nós vamos tomar nossas medidas. Se tiver extorquindo a população, se torna diferente o caso”, disse Pessoa. O telefone para denúncias da Agerba é o 0800 71 0080.
O superintendente da Transalvador, por sua vez, disse não ter como punir os clandestinos, mas prometeu endurecer contra os taxistas que aproveitaram a greve para rodar com o taxímetro desligado, cobrando preços altos. “Nos casos do alternativo fica difícil, mas do táxi a gente vai punir. Infelizmente, a exploração é generalizada”, condenou.

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