A Defesa Civil de Salvador (Codesal) espera uma precipitação média de 133,5 milímetros para a capital baiana durante esse mês de agosto. O órgão chegou a essa conclusão após reunião com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, órgão vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A expectativa é que essa chuva, que vai diminuir bastante em relação a julho (nesse mês foram registrados 254,4 milímetros), aconteça nos primeiros dez dias do mês e tenha uma redução gradativa a partir da segunda quinzena, visto que setembro costuma ser mais seco.
A temperatura mínima esperada para agosto é de 19º e a máxima é de 31º. Esse mês também é conhecido pela incidência de ventos mais fortes, com até 40km/h. O fenômeno ocorre por conta da Alta Subtropical do Atlântico Sul, que intensifica os ventos e o transporte de umidade para o continente.
Locais mais chuvosos - No mês de julho, a média de chuva acumulada no período de 1º a 31, foi de 254,4 milímetros, um pouco acima da média esperada, que era de 208,6 milímetros. Os locais mais chuvosos foram Palestina (com 339 mm de chuva), Nova Brasília (com 337,2 mm), Pirajá (324,5 mm), Jardim Cajazeiras (313 mm) e Cajazeira VII (308,8 mm).
O dia 9 de julho, uma quinta-feira, foi o mais chuvoso, com uma média de 65,7 milímetros. Nesse dia, a chuva provocou dois deslizamentos de terra, um deles na Avenida Mário Sérgio Pontes de Paiva, no bairro Canabrava, interditando o trânsito local, e o outro em Jardim Cajazeira, no Alto da Cebola. O tráfego só foi liberado em Canabrava após a remoção do barro e galhos de árvore da pista.
Durante todo o mês de julho, a Codesal realizou 1.472 vistorias. Houve 368 ameaças de desabamento, 155 deslizamentos de terra, 267 orientações técnicas, 233 ameaças de deslizamentos, 102 infiltrações, 109 alagamentos de imóveis, 78 árvores ameaçando cair e 24 desabamentos parciais. Uma morte foi registrada devido ao desabamento de uma marquise no bairro de Periperi. A estrutura, construída de maneira irregular, desabou, deixando um morto e três feridos.
Marco – Salvador registrou, entre março e junho, período tradicionalmente mais chuvoso, os maiores índices pluviométricos dos últimos 36 anos. Foram 1.540,8 mm, quando a média histórica é de 977,9 mm. Mesmo com esse volume de chuvas e com o desafio diante da pandemia da Covid-19, o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo, destaca que as ocorrências se mantêm em número reduzido.
“Atravessamos a Operação Chuva sem registrar graves incidentes. Atribuímos a redução de ocorrências graves aos investimentos feitos na atual gestão em projetos preventivos, tecnológicos e às frequentes atividades educativas realizadas nas comunidades e escolas”, afirma.
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Redação iBahia
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