Em visita a Salvador, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, acabou dando uma declaração que provocou polêmica na Câmara Municipal nesta terça-feira (10). Belchior disse que o metrô de Salvador só terá viabilidade comercial se os dois trechos, Lapa/Rótula e Paralela, forem inaugurados juntos. O vereador Jorge Jambeiro (PP), da Comissão de Transporte, não gostou e disse que a opinião da ministra é um "desvario".
"A ministra não tem conhecimento do processo de implantação do metrô. Não se pode condenar a cidade por causa de estratégia política e eleitoral", criticou Jambeiro, em declaração divulgada pela assessoria da Câmara. O vereador disse ainda que Belchior "não manda em Salvador".
Na Câmara, a declaração da ministra funcionou como um alerta - a prefeitura pretende colocar o primeiro trecho do metrô para funcionar ainda este ano, mas para isso precisa da liberação de R$ 40 milhões do governo federal.
O vereador Moisés Rocha (PT) também comentou o assunto. "No momento em que o governo federal resolveu apoiar o trecho 2 do metrô, foi nessa visão de que a gente precisava ter uma linha maior para dar viabilidade comercial. Nos parece que, a princípio, precisamos completar o metrô todo para valer a pena a operação". Para ele, o comentário da ministra dá a entender que ela não avalizará a liberação de mais recursos para o metrô, em construção há 12 anos, enquanto as duas etapas não estiverem prontas.
Já o vereador da base Sandoval Guimarães (PMDB) respondeu à crítica dos colegas de oposição, que chamaram o trecho Lapa/Rótula de "metrô calça curta", chamando o da Paralela, do governo estadual, de "metrô minissaia".
O metrô de Salvador será debatido em uma reunião emergencial do colegiado na tarde da quarta-feira (11).
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