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SALVADOR

Decretada prisão preventiva de médica envolvida em morte de irmão

Decisão foi decretada nesta manhã. Segundo o MP, caso fique comprovado que médica pode ter alta médica, ela será encaminhada para a delegacia

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15/10/2013 às 11:09 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:42 - há XX semanas
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A prisão preventiva da médica Kátia Vargas Leal Pereira, 45 anos, foi decretada na manhã desta terça-feira (15), segundo informações do promotor do Ministério Público da Bahia, Davi Galo. "Essa prisão em flagrante dela foi convertida em prisão preventiva", disse o promotor em entrevista ao Correio24horas. O advogado da família dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, mortos no acidente em Ondina nesta última sexta-feira (11), também confirmou a informação.
Moto bateu em um poste em frente ao Ondina Apart Hotel. Irmãos morreram na hora
"Esta informação não é oficial ainda. O juiz decretou a prisão preventiva, mas ela ainda não foi publicada no Diário Oficial", comentou o advogado Daniel Keller. Ainda de acordo com o promotor do MP, o inquérito policial sobre o acidente deve ser concluído até esta sexta-feira (18), e em seguido o Ministério Público deverá entrar com uma ação penal. Veja também Casal de irmãos morre ao bater contra poste em frente a hotel em Ondina Polícia pede imagens de câmeras para apurar se acidente que matou irmãos foi intencional Médica envolvida em acidente que matou irmãos está sob custódia em hospital Médica perseguiu irmãos em moto e vai responder por duplo homicídio, diz delegada Video mostra momento em que médica segue os dois irmãos no trânsito e causa acidente em Ondina MP pede que perito avalie saúde de médica envolvida em acidente que matou irmãos "Caso a perícia realizada pelo Departamento de Polícia Técnica comprove que a médica já pode ter alta, os próximos passos ficam claros. Inicialmente, ela será conduzida por policiais para a delegacia onde o caso foi registrado, para prestar depoimento", explica Galo. "Em seguida, recolheriam ela para uma cela em uma detenção que se adeque ao perfil da médica, porque ela tem nível superior. Tudo isso pode acontecer nas próximas horas - no mais tardar, até amanhã [esta quarta-feira (16)", garante.
Emanuel trabalhava como modelo, assim como a irmã, que também cursava Direito
Ainda conforme o promotor do MP, uma equipe de peritos do DPT já tinha sido deslocada para o Hospital Aliança, onde a médica está internada desde o dia do acidente, na noite de ontem (14). Já a tia das vítimas, Leide Novais, disse ao Correio24horas que estava a caminho da instituição porque requisitada a presença de um membro da família das vítimas durante a perícia, que estaria marcada para começar às 11h de hoje. Durante o acidente, Emanuel, 21 anos, e Emanuelle de 22 anos estavam a bordo de uma moto, que bateu em um poste, em frente ao Ondina Apart Hotel. Eles morreram na hora. De acordo com a polícia, testemunhas afirmam que Kátia dirigia em alta velocidade e discutiu com Emanuel. Depois, ela teria perseguido a moto, provocando um toque, que fez com que o jovem perdesse o controle da moto. O Ministério Público tem intenção de denunciar Kátia Pereira por homicídio triplamente qualificado. Caso seja condenada pelo crime, a médica pode pegar de dez a trinta anos de prisão por cada crime, chegando ao total de uma pena de 24 a 60 anos de prisão. Promotor pede avaliação de saúde de médica após acidente“Ela passou por cima da lei”. Foi com essas palavras que o promotor Davi Gallo, da 5ª Promotoria do Júri, definiu a internação da médica Kátia Vargas Leal Pereira, 45, no Hospital Aliança. De acordo com o Ministério Público do Estado (MP-BA), a médica deveria ter sido encaminhada para uma instituição pública de saúde. “Não entendemos por que ela foi para o (Hospital) Aliança. No hospital público, ela teria todo o aparato de primeiros socorros. Além disso, ela está presa e deveria prestar declarações ao policial que estivesse no local, ao chegar. Num hospital público, ela também teria um lugar para ficar isolada”, explicou o promotor. Foi por isso que o MP solicitou, ontem, ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) que um perito do órgão faça uma avaliação do estado de saúde da médica. Isso porque, se ela estivesse em um hospital público, o exame já teria sido feito. Até hoje, ainda segundo Gallo, o órgão desconhece qual é o estado de saúde da médica. “Está tudo errado. Ela está em um hospital particular, mas ninguém informou nada. Ninguém falou com ela, além do advogado. Dizem que ela está sedada, mas não temos certeza. Por isso, pedimos a um médico perito para avaliar e ver como ela realmente está. A avaliação que vale para nós é do laudo pericial fornecido pelo DPT”, afirmou. Testemunha confirma versãoMais uma testemunha foi ouvida nesta segunda-feira (14) na 7ª Delegacia. Segundo a delegada Jussara Souza, o homem presenciou o acidente e seu depoimento corrobora a linha de investigação da polícia. "Essa pessoa assistiu necessariamente tudo que aconteceu, teria visto desde o início da discussão até o desfecho, que foi o acidente fatal. (Ele diz) que o carro bateu no fundo da moto e as vítimas foram projetadas, voaram". O depoimento ajuda a concluir que "houve intencionalidade", diz Jussara. A testemunha estava de carro dirigindo um pouco atrás da médica. "Ele disse que inclusive a moto caiu sobre a vítima, a Emanuele. Que ele retirou a moto de cima da vítima, mas viu que a pulsação já tinha cessado. Ele se dirigiu inclusive até o Sorento para ver o estado da médica", conta a delegada. "Quando o Sorento passou por ele, ele disse que pensou 'Nossa, esse motorista está louco'. Quase bateu no carro dele, na lateral", explica Jussara. O acidenteDe acordo com a delegada Jussara Souza, titular da 7ª Delegacia, a médica dirigia em alta velocidade, o que provocou uma discussão com Emanuel, que chegou a bater com o capacete no capô do Sorento. Em seguida, ainda de acordo com a delegada, Kátia saiu em perseguição à moto, o que acabou gerando um toque. Então, Emanuel perdeu o controle e terminou batendo direto no poste. Ele e irmã morreram na hora. De acordo com testemunhas, a motocicleta havia sido fechada pelo Sorento na esquina da Rua do Escravo Miguel com a Avenida Oceânica, antes mesmo da primeira colisão. O lavador de carros Maurício França de Jesus assistiu à cena. Segundo ele, após a fechada, Emanuel e Kátia discutiram. “Ela fechou a moto, daí começaram a discutir. Ela deixou ele acelerar e depois bateu nele por trás. Depois ela saiu bambeando com o carro e bateu”, disse Maurício. Sem se identificar, um taxista disse que ambos furaram o sinal em alta velocidade. “Ele bateu no capô do carro, na certa para dizer que ela estava errada, e ela acelerou. Pelo visto, ela perdeu o controle, pegou na moto e eles foram direto no poste”. Funcionários do Ondina Apart Hotel, também pedindo anonimato, contaram que Kátia chegou a entrar na contramão depois que a moto bateu no poste. “Ela jogou o carro na contramão, ia bater com outro carro, então fez a volta e jogou o carro em cima da calçada”, contou um funcionário. Segundo ele, a médica frequentava uma academia no apart. O aposentado Antônio Tabajara, 72 anos, que costuma sentar diariamente em frente ao portão onde Kátia bateu, disse que escapou por pouco. “Eu ouvi a pancada, mas não tive perna para levantar. Por pouco, não fui atingido”, contou. Segundo Tabajara, a médica saiu do carro andando e demonstrava estar muito nervosa. Matéria original do Correio Justiça determina prisão preventiva de médica envolvida em acidente que matou irmãos

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