A Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati), criada em 2006, já registrou mais de 16 mil ocorrências envolvendo vítimas com idade superior a 60 anos. Na média, são aproximadamente 222 casos por mês. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (1°), no Dia Nacional e Internacional da Pessoa Idosa. Lesão corporal, estelionato, apropriação de cartões bancários e uso indevido dos benefícios de pensão ou aposentadoria estão entre os crimes mais praticados. Só este ano, já foram contabilizadas 1.471 ocorrências. Segundo a delegada Susy Anne Brandão, em 60% dos casos, os agressores são familiares da vítima. “Essas 16 mil ocorrências só representam 15% do que realmente ocorre. Existe uma subnotificação, porque, como na maioria dos casos são familiares, o idoso não tem coragem de denunciar. Não quer que o filho, o neto, irmão, cunhado ou genro seja preso”, observa. Além dos familiares, vizinhos também respondem por boa parte dos crimes. Mas, por outro lado, também os vizinhos têm um papel importante. “Como o idoso fica com receio de denunciar um parente, é importante que os vizinhos, se flagrarem alguma agressão, denunciem”, lembra a delegada. Em julho, a Deati chegou a lançar a campanha Vizinhaça Solidária. Susy Anne ainda destaca que os próprios idosos devem fazer valer as suas vontades. “Focamos na conscientização do próprio idoso. Muitas vezes, ele é visto como velho, ultrapassado, que ninguém respeita. Mas ele deve se impor”, diz a delegada. Um crime contra o idoso pode ser denunciado pelo telefone 31176086 (Deati) ou pelo 32350000 (Disque Denúncia). Matéria original do CorreioDelegacia do Idoso registra mais de 200 ocorrências a cada mês
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