Até o final de abril de 2014, foram constados em Salvador 214 casos de internação por dengue, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O primeiro registro de morte do ano, foi da estudante Bruna Gomes de Oliveira Muniz, 24. A vítima, que morava no bairro da Pituba, deu entrada no Hospital do Subúrbio em 24 de março e faleceu um dia depois. No mesmo período, em 2013, 199 registros sem óbitos foram feitos pela secretaria.
Esses dados assustam o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que registrou um índice elevado de focos da dengue nos bairros da Barra, Rio Vermelho, Caminho das Árvores, Pituba, Stella Maris, São Caetano, Boa Vista de São Caetano e em Valéria. Nessas áreas, os agentes do centro de controle visitam as casas que indicam algum risco.Segundo Isabel Guimarães, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, as visitas são feitas cinco vezes na mesma casa, para manter o controle e a total eliminação do mosquito. Outros mutirões também são realizados. "O Centro elabora ações de tratamento, levantamento de índice, em parceira com a Limpurb, visita domiciliar de rotina nas casas abandonadas, atendimento de solicitações do município, além das palestras de orientações aos moradores de combate à dengue", afirmou. Nos quatro primeiros meses de 2014, os bairros de Itapagipe, São Caetano, Valéria, Cabula, Beiru e Boca do Rio registraram os maiores índices de focos da dengue, de acordo com levantamento do CCZ. Segundo Guimarães, é necessário que a população fique atenta aos cuidados para prevenir os locais que podem servir de alojamento para os mosquitos da dengue, principalmente no período de chuva. "Fizemos um levantamento e 80% dos focos que encontramos são em lixos residenciais. A sociedade deve contribuir com o trabalho dos agentes do centro de controle. Limpar e deixar os tanques e túneis cobertos; vasilhames de plantas, pneus e latas devem ficar de cabeça para baixo ou se colocar areia", afirmou. Casos de dengue na Bahia Só no mês de abril de 2014, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) notificou 7.114 casos de dengue, correspondendo a uma redução de 89,23% em relação ao mesmo período de 2013, quando foram notificados 66.032 casos em todo o estado. De acordo com a orientação do Ministério da Saúde, os casos de dengue ocorridos em 2014 deverão seguir a nova classificação: "dengue", "dengue com sinais de alarme" e "dengue grave". Até o momento foram confirmados no estado 13 casos de dengue com sinais de alarme e 10 casos de dengue grave - dentre estes três óbitos nos municípios de Coaraci e Salvador. Atualmente, o município de Muritiba encontra-se em fase de emergência e Salvador, Jacobina, Ilhéus e Lauro de Freitas encontram-se em fase de alerta.Casas abandonadas A Secretaria Municipal da Saúde realiza toda semana um mutirão pela cidade para fazer a limpeza nas casas abandonadas em Salvador. Segundo a assessoria de comunicação, caso seja constatado o foco de dengue na casa, a equipe entra em contato com o responsável pelo imóvel para liberar a entrada. Caso o responsável não seja localizado, um chaveiro é solicitado pela equipe para o serviço ser realizado. Qualquer denúncia de focos da dengue deve ser feita através do telefone: 160 ou 3116-7330.Cuidados Pessoas que tenham viajado nos últimos 14 dias para área endêmica e apresente febre, entre 2 e 7 dias, seguida de naúseas, vômitos, exantema, dores musculares, artralgia, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, petéquias ou leucopenia, devem evitar a automedicação, tomar muito líquido (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco e sopas) e manter repouso. Caso o quadro perdure, com dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, tontura, hemorragias importantes, palidez, ou rubor fácil, pulso rápido e fino, agitação ou letargia, desconforto respiratório, diminuição repentina da temperatura, redução do volume de urina, queda da tensão arterial, ou apresente pele, mãos e pés frios, é preciso procurar assistência médica.
Só em 2014, foram registrados 214 casos de dengue em Salvador |
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