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A descontinuidade da gestão da Secretaria Municipal de Saúde, nos últimos oito anos, foi considerada o maior problema do setor de saúde de Salvador pelo atual secretário da pasta, José Antônio Rodrigues, durante entrevista a Emmerson José e Alex Ferraz, no CBN Salvador 1ª Edição, desta quinta-feira (3). “Isso afetou o ímpeto das pessoas e comprometeu a representatividade. Associo a descontinuidade ao processo de desorganização da secretaria e a falta de credibilidade dos serviços”, avaliou. A secretaria está administrando a dívida de cerca de R$ 150 milhões, mas já conseguiu levar melhorias para as unidades de saúde. O secretário informou que já foram reinauguradas 13 postos de saúde e que até dezembro serão 34. A expectativa para 2014 é de otimismo. “Teremos novas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), expansão do serviço móvel, melhorias na atenção básica com novas equipes de Saúde da Família, instalação dos primeiros Multicentros e a ideia é atender a grande demanda da população, que é a busca por exames especializados. Vamos ter mutirões para minimizar essas demandas. Até março de 2014 serão 90 postos de saúde requalificados e instalados”.
Segurança A parceria com as comunidades foi ressaltada por José Rodrigues como fator primordial para o bom funcionamento dos postos. Questionado sobre a insegurança nos locais, o secretário disse que os casos de violência ocorrem nas unidades mais próximas do centro da cidade e que há uma expectativa da Guarda Municipal participar mais ativamente desse processo de proteção das unidades de saúde. “Onde temos esses problemas alinhamos a Guarda com a PM para ter um policiamento mais ostensivo. A Prefeitura está junto ao TCM para mudar a estrutura da Guarda. Ocorre que há um pendência desde que foi criada a Guarda, pois não se pode contratar uma vigilância patrimonial”, explicou Rodrigues.
Mais Médicos José Rodrigues argumentou sobre a falta de médicos nos postos e a necessidade de implantação do mais médicos e do programa de valorização da atenção básica (provab). A cada 10 médicos convocados por meio de concurso público, apenas quatro tomam posse. “Há pouca adesão porque temos poucos médicos. São 62 médicos do Provab e a ideia é ter edital a cada ano para a residência médica. Há três semanas convocamos 106 médicos por concurso. O prazo venceu e não tivemos adesão de 50%. Vamos necessitar de políticas de incentivo para garantir a nossa assistência”, falou e acrescentou que do mais médicos, 21 profissionais vão atuar em salvador.