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Após polêmica, Secult diz ter notificado produtora de evento

Segundo o superintendente de Promoção Cultural da Secult, Carlos Paiva, a proposta enviada à comissão avaliadora declarava apenas o valor mais baixo do ingresso (R$ 35), o que incluiria o evento na lista de preços acessíveis à população

• 21/06/2012 às 7:50 • Atualizada em 01/09/2022 às 20:28 - há XX semanas

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A empresa responsável pela organização do SalvadorFest, beneficiada pelo Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural (Fazcultura), no valor de R$ 318.752, foi notificada e pode ser excluída do programa de incentivo da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult). Segundo o superintendente de Promoção Cultural da Secult, Carlos Paiva, a proposta enviada à comissão avaliadora declarava apenas o valor mais baixo do ingresso (R$ 35), o que incluiria o evento na lista de preços acessíveis à população. “Constatamos que ingressos de R$ 300 já foram vendidos. Estamos esperando uma posição dos organizadores, mas acho difícil, nessa altura do campeonato, que eles continuem no Fazcultura, pois a condição era cumprir o acordo”, afirma o superintendente. Paiva, contudo, afirmou que os artistas já estavam listados na proposta que foi analisada pela comissão técnica, formada por 15 membros. A polêmica se iniciou depois que alguns produtores culturais questionaram o valor que a produtora Sofá da Sogra, organizadora do SalvadorFest, poderia captar junto a empresas patrocinadoras, que, em contrapartida, teriam direito de abater até 80% do montante por meio de renúncia fiscal. O mecanismo é o chamado patrocínio público indireto, ou seja, quando não há repasse direto de verba pública. O produtor Emmanuel Mirdad, em seu perfil no Facebook, comentou sobre o valor dos ingressos cobrados – entre R$ 35 (pista) e R$ 300 (camarote) – o que incluiria o Salvador Fest no rol de eventos economicamente rentáveis, não precisando, portanto, de patrocínio do Fazcultura. "Acho que é a primeira vez que leio no DO [Diário Oficial] um Fazcultura sair para uma festa legitimamente do mercado profissional do entretenimento", postou Mirdad, questionando sobre a necessidade do Estado apoiar uma festa comercialmente viável. Outra parte das críticas apontam que a decisão iria de encontro à chamada Lei Antibaixaria, sancionada em abril pelo governador Jaques Wagner, e que proíbe a contratação, com dinheiro público estadual, de artistas que tenham no repertório músicas ofensivas às mulheres. Na programação, entre outras, estão a banda de pagode Black Style - de músicas como Balance o Rabinho, Cachorra - e o carioca MC Catra, conhecido por funks como Ela Dá Pra Nóis. O CORREIO tentou contato com a assessoria de imprensa do Salvador Fest, mas não obteve retorno.
O evento, realizado pela Salvador Produções, está programado para acontecer no dia 15 de julho, no Parque de Exposições
Com informações do repórter Salvatore Carrozzo

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