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Argentino executado na Barra era acusado de ameaças de morte

Polícia já tem suspeito de matar empresário a tiros em churrascaria

• 07/08/2015 às 7:11 • Atualizada em 01/09/2022 às 4:55 - há XX semanas

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O empresário argentino Horácio Fidel Lopez, 58 anos, morto dentro de sua churrascaria, no Porto da Barra, havia sido denunciado por ameaças de morte. A informação é do comandante da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Barra-Graça), major Edmundo Assemany. “A gente já tem uma suspeita bem forte. Na delegacia, tinham várias queixas contra o argentino, uma até por ameaça de morte”, afirmou o major, acrescentando que acompanha as investigações, apesar de o crime ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “As pessoas falam que ele era muito difícil. Algumas testemunhas dizem que ele emprestava dinheiro a juros”, contou o major. Horácio foi morto por volta das 21h, de quarta-feira, dentro Churrascaria Carne na Brasa, que fica na Avenida Sete de Setembro, próximo ao Forte de Santa Maria, ao lado do Hotel Sol Brilhante. Segundo informações da Polícia Civil, o comerciante estava sentado em uma das mesas, de costas para a rua, quando um suspeito entrou a pé e efetuou os disparos.

Flores são deixadas na porta da churrascaria de propriedade do argentino. Ele foi morto com quatro tiros e câmeras estavam desligadas
Testemunha Uma testemunha contou, sob anonimato, que os disparos foram efetuados por uma única pessoa, que passou antes no local para se certificar de que o argentino estava sozinho. “Vi quando o cara passou usando bermuda e camisa pela frente da churrascaria, como quem não queria nada, e depois voltou, atirou e correu”, contou um morador da região. Ainda segundo a testemunha, após o crime, o homem entrou na Rua César Zama para chegar à Rua Barão de Sergy, onde outra pessoa o aguardava no carro. “Disseram que ele entrou no lado do carona e o carro saiu em disparada”, disse. Horácio foi atingido na cabeça e braço direito. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o estabelecimento possuía câmeras de segurança, mas ainda não estavam funcionando. O Porto da Barra tem uma base móvel da Polícia Militar, mas, segundo o major Assemany, a viatura fica realizando rondas na região. “O suspeito aproveitou um momento em que a viatura não estava para agir”, disse. hipóteses No local, foram coletadas cápsulas de uma pistola calibre .40, que foram encaminhadas para perícia. A responsável pelo caso é a delegada Andréa Ribeiro, da 1ª Delegacia de Homicídios, do DHPP. Segundo a assessoria da Polícia Civil, a equipe está à procura dos bandidos. O major Assemany afirmou que houve um episódio envolvendo Horácio e uma agressão a facadas. “Um rapaz esfaqueou uma pessoa e se escondeu no restaurante dele. Só que o esfaqueado é cunhado de um traficante. Essa é uma das linhas de investigação: o cunhado, que é o traficante, é que seria o suspeito”.

Argentino estava sentado de costas quando foi alvejado
Segundo moradores da região, o empresário teria sido ameaçado de morte por um rapaz com quem se envolveu numa briga há cerca de dois anos, no mesmo local onde foi morto. À época, o rapaz foi esfaqueado por outro argentino, amigo de Horácio, quando no espaço ainda funcionava um estacionamento de propriedade de Horácio.“O rapaz fazia parte de uma das facções que frequentam o Porto aos domingos e ele mandou um recado de que se vingaria”, disse um cliente da Churrascaria Carne na Brasa. Segundo ele, era um dia de domingo quando o rapaz saiu da praia e foi para o estacionamento. “Não se sabe o porquê, mas ele foi tirar uma satisfação de Horácio, que tinha um temperamento muito difícil. Mas quando chegou, o rapaz se deu mal”, contou. Na confusão, o desafeto de Horário foi esfaqueado. “Dizem que quem deu os golpes foi o outro argentino, com a ajuda do funcionário do estacionamento. Mas o cara disse que isso não ia ficar assim. O outro argentino saiu do país e o funcionário nunca mais veio para as bandas de cá”, contou o cliente.Mas o caso das facadas não é a única linha de investigação da polícia. “Outra suspeita é de um cliente. Na semana passada, especificamente, ele agrediu um rapaz, chegou até a bater no rosto do rapaz, que saiu de lá bem aborrecido”, afirmou o comandante da 11ª CIPM, confirmando o que muitos relataram na região, de que o argentino tinha um temperamento difícil. “Tinha briga com o dono do hotel que ficava do lado e até na montagem do restaurante teve discussão com o antigo proprietário”, disse o major. Processos Oito processos tramitam no Tribunal de Justiça envolvendo o nome do argentino, a maioria relacionada à posse do imóvel onde funciona a churrascaria. Ele é réu e em sete processos e autor em um, em que pede a renovação do contrato de locação. Os outros sete são: dois de execução fiscal (um de cobrança de IPTU pela prefeitura e outro de cobrança de IPVA pelo governo do estado); duas ações de despejo por falta de pagamento; uma de penhora dos bens para pagamento da dívida com locação do espaço; uma de cobrança de dívida pelo banco Itaú; uma de cobrança de aluguel do ponto comercial. Surpresa Segundo os funcionários da churrascaria, a família do argentino está vindo ao Brasil. Horácio atuava no local havia dez anos, mas a churrascaria começou a funcionar há 15 dias. Durante o dia, funcionava como estacionamento privativo e, à noite, ele colocava mesas e cadeiras na área externa para servir comidas e bebidas. “Estive com ele há dois dias atrás. Passei, vi o restaurante e quis conhecer. Fiquei chocado quando soube da notícia”, conta Geraldo Pinto, comerciante local. Ele também esteve hoje no estabelecimento e depositou flores para o colega.
Correio24horas

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