Menu Lateral Buscar no iBahia Menu Lateral
iBahia > salvador
Whatsapp Whatsapp
SALVADOR

Avenida Suburbana é recordista de acidentes nos finais de semana

Na Bahia, os acidentes de trânsito ocupam a segunda causa de mortes

Redação iBahia • 22/05/2016 às 8:55 • Atualizada em 29/08/2022 às 6:32 - há XX semanas

Google News siga o iBahia no Google News!
Na Bahia, os acidentes de trânsito ocupam a segunda causa de mortes, só perdendo para as doenças cardiovasculares e as mortes por causas mal definidas. Em Salvador, o maior número de acidentes com vítimas fatais ocorre na Avenida Suburbana, nos sábados e domingos. De tão preocupantes, esses índices passaram a ser considerados um problema de saúde pública e uma epidemia no estado.
Para sensibilizar a população para um trânsito mais gentil e responsável, reduzindo o número de mortes e acidentes graves, foi lançado o Movimento Maio Amarelo. A iniciativa – que surgiu há três anos em São Paulo e que é realizada na Bahia desde 2015 - reúne os órgãos estaduais, municipais e federais de trânsito, saúde e entidades da sociedade civil organizada.
De acordo com um dos integrantes do Movimento na Bahia, o cirurgião e coordenador do Instituto de Ensino e Simulação em Saúde, Izio Kowes, o Brasil tem o quinto trânsito mais violento do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, Índia, Rússia e China. “A cada 12 minutos, morre um brasileiro vítima de acidente de trânsito e esses números são subestimados”, afirma o médico. Ele lembra ainda que, para cada morto, três pessoas ficam sequeladas, gerando perdas econômicas e sociais para o país.
Bahia
Com uma postura parecida, a representante da Coordenação de Doenças e Agravos não Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Estado, Edna Resende, lembra que o Maio Amarelo serve de alerta, mas que a atuação para reduzir o impacto do trânsito sobre a saúde da população precisa ser diária e contínua. “A segurança no trânsito é, inclusive, uma meta da Organização das Nações Unidas (ONU) que, em 2010, declarou que a década seguinte seria dedicada a essa causa”, pontua Edna, ressaltando que, em 2012, a Bahia entrou no Programa Federal Vida no Trânsito.
Entre as iniciativas locais do programa está o mapeamento das vias na capital e no interior para que, a partir de um diagnóstico, as autoridades de saúde e de trânsito consigam desenvolver políticas públicas que atuem de modo a evitar os acidentes e as mortes.
Segundo Edna Resende, hoje, os municípios de Alagoinhas, Camaçari, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, Itamaraju, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Porto Seguro, Ribeira do Pombal, Salvador, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim, Simões Filho, Teixeira de Freitas, Valença e Vitória da Conquista são os que contabilizam os maiores índices de acidentes no trânsito, especialmente aqueles envolvendo motos, além da combinação álcool e excesso de velocidade.
“A facilidade da aquisição de motocicletas contribuiu com essa questão, especialmente porque muitos motociclistas não estão habilitados e, no interior, as motos são usadas até para tanger boiada”, completa.
No levantamento realizado pela coordenação, de janeiro de 2013 até fevereiro de 2016, foram contabilizadas 8.271 mortes na Bahia. Desse total, 12,2% eram pedestres e 23,8%, motociclistas. Os ocupantes de automóvel responderam por 32% dos óbitos e 26% não tinha especificação de veículo. “A capital baiana respondeu por 917 mortes”, pontua Edna, lembrando que, nesse mesmo período, foram realizadas 35 mil 545 internações e que foram gastos R$ 28,88 milhões para dar a assistência inicial, sem contar com o tratamento posterior. “As pessoas ainda acreditam que acidentes de trânsito são fatalidade, mas esquecem que, se eles são previníveis, são também evitáveis”, completa.
Prevenção
O médico Izio Kowes destaca que os mais de 150 mil sequelados do trânsito imputam um sofrimento pessoal e familiar muito significativo. “O custo social dessa situação do trânsito é muito alto e é fundamental que a sociedade esteja muito atenta para colaborar para essa mudança”, destaca o médico, que ressalta que o tratamento de cada vítima de trânsito custa, em média, R$ 100 a R$ 150 mil.
“Sabemos que, se algo não for feito com urgência e efetividade, a tendência desses números será triplicar”, completa Edna. Ela lembra que o Vida no Trânsito tem atuado nas escolas, buscando sensibilizar as crianças, que funcionam como agentes multiplicadores de informações para a família, e são os futuros motoristas. Na Bahia, a Concessionária Bahia Norte (CBN) está distribuindo panfletos aos motoristas e realizando blitz educativas em parceria com a Polícia Rodoviária Estadual e com o Instituto Paes Mendonça de Compromisso Social.
A Concessionária Litoral Norte (CLN), administradora da rodovia BA-099, que conecta a região metropolitana de Salvador até a divisa dos estados da Bahia e de Sergipe, está promovendo a discussão da segurança viária em uma reunião com a diretoria do Fórum Sustentável Costa dos Coqueiros, visando que esses repliquem o assunto nas comunidades locais.
O Maio Amarelo tem como o lema Trânsito: ou Você É Paciente ou Vira Paciente – Pratique o Trânsito Responsável e conta com exposição fixa no Shopping da Bahia e peças publicitárias veiculadas na mídia. A ação conta com o apoio Associação Bahiana de Medicina (ABM), Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Trauma (Sbait), Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Ortoped, ABC Tran, Sindauto, Água de Coco Obrigado, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Shopping da Bahia. Acesse: maioamarelo.com.
Correio24horas

Leia mais:

Venha para a comunidade IBahia
Venha para a comunidade IBahia

TAGS:

RELACIONADAS:

MAIS EM SALVADOR :

Ver mais em Salvador