Quando a Linha 1 do metrô, operada pela CCR Metrô Bahia, que liga a estação Lapa à estação Pirajá, foi inaugurada comercialmente no dia 2 de janeiro de 2016, ninguém ainda imaginava que este meio de transporte iria reger a mobilidade urbana de Salvador em tão pouco tempo. No dia da inauguração eram contabilizados cerca de 60 mil passageiros por dia. Hoje, o número chega, em média, a 350 mil pessoas transitando diariamente entre as vinte estações distribuídas em duas linhas.

O portal iBahia visitou a sede da CCR Metrô Bahia, localizada em Pirajá, para conhecer alguns detalhes do sistema que rege os trinta e cinco trens que entram em operação diariamente para suprir a demanda de deslocamento da população de uma ponta a outra da cidade.
O painel de Centro de Controle Operacional (CCO) surpreende: são dezenas de câmeras que registram em tempo real a movimentação de todas das estações, dos trens às passarelas. Além disso, há informações de todos os tipos sistematizadas para sinalizar e autorizar a saída e a chegada dos veículos nos terminais, tudo para garantir a segurança dos passageiros e dos colaboradores.

Segundo Leonardo Balbino, coordenador de atendimento da CCR Metrô Bahia, existem funcionários trabalhando durante 24h no centro de operações e que, apesar do sistema encerrar o funcionamento às 00h para a população, equipes realizam manutenções e serviços durante esta 'janela de tempo'.
"Na madrugada temos veículos de manutenção circulando, pessoas entrando na via e tudo precisa de autorização da coordenação, pois é através da CCO que controlamos a rede elétrica e as demais funções para que as pessoas possam trabalhar neste período", disse.
E quando acontece alguma demanda emergencial durante o funcionamento comercial do metrô? Balbino contou que existe uma equipe chamada 'SUAT' (Serviço de Urgência e Atendimento Técnico) , uma feliz coincidência com o nome equipe de polícia especialidade dos EUA, porém elas resolvem o que precisam quando o atendimento é solicitado.
"Elas estão alocadas em diversos pontos das linhas e é a primeira equipe que presta atendimento. Eles conhecem um pouco de tudo e agem de maneira rápida para restabelecer a operação até que outra equipe chegue e resolva definitivamente o problema", explicou o coordenador.
E dentro de um trem? Como a operação funciona?
Além da visita ao CCO, o portal iBahia também pode seguir ao lado da operadora em uma viagem da estação Pirajá à Lapa. Elizabeth da França Lopes, de 27 anos, é uma das 25 operadoras de trem da CCR Metrô.

"O sistema é praticamente todo aberto (apenas duas estações são subterrâneas), então o operador está lá para atuar em algum caso emergencial. Quando ele aperta o botão de emergência, que está no controle do operador, o trem freia bruscamente e para e todos os veículos daquela área param também", explicou Balbino
