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SALVADOR

Mortos na Piedade eram envolvidos com tráfico de drogas

Equipe do DHPP está em contato com a Polícia Federal e com a Polícia Civil do Amazonas para saber mais sobre o histórico dos homens que vieram de Manaus

• 09/05/2013 às 7:51 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:11 - há XX semanas

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Três tiros silenciaram a Praça da Piedade ontem. Era pouco antes de 12h quando um homem disparou à queima-roupa contra duas pessoas, que morreram na hora. Os disparos provocaram correria entre as pessoas que circulavam pela praça. Uma mulher que passava pelo local acabou baleada. O crime foi cometido a menos de 30 metros de uma Base Móvel de Segurança instalada na própria Praça da Piedade e a cerca de 50 metros do prédio-sede da Polícia Civil.
Disparos foram efetuados no meio da praça, perto do meio-dia, provocando pânico. Vítimas eram envolvidas com o tráfico, segundo a polícia
O primeiro disparo atingiu João Solidade da Silva, 37, na cabeça. Segundo a polícia, a bala saiu pelo rosto da vítima. Em seguida, o bandido correu atrás de Paulo Roberto Carvalho Lima, 51, que, a cerca de cinco metros da primeira vítima, acabou alvejado na nuca pelo terceiro tiro. O segundo tiro disparado atingiu a vendedora Quécia Gregório Barbosa dos Santos, 25 anos. Ela, que trabalha fazendo vendas externas, estava atendendo a um cliente quando foi atingida na perna. Quécia foi encaminhada ao Hospital Geral do Estado, mas passa bem. Após o crime, o bandido fugiu correndo pela Rua da Forca, onde câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais próximos à esquina com a Carlos Gomes registraram sua passagem por volta das 11h45 - veja ao lado. EnvolvidosJoão Solidade era natural de Manaus. Paulo Roberto, apesar de ter nascido em Feira de Santana, também morava em Manaus. Os dois estavam juntos e, segundo a polícia, tinham envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com o delegado Jorge Figueiredo, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), João Solidade e Paulo Roberto já tinham sido presos antes, em 2010 e este ano. “Fizemos contato com a Polícia Federal e com a Polícia Civil do Amazonas e descobrimos históricos de passagem por tráfico e associação ao tráfico”, disse. Não há dúvida, para o delegado, de que as vítimas vieram para a Bahia por conta de atividades criminosas. No entanto, ele não soube dizer há quanto tempo João e Paulo estavam em Salvador. Pelas características do crime, Figueiredo acredita que trata-se de uma execução. Ele, porém, minimizou o fato de ter acontecido próximo às unidades policiais. “O assassino era um profissional, mas foi um crime de oportunidade. Não sabemos o que se passa na cabeça de uma pessoa dessas, mas ele demonstrou que estava determinado a matar. Pela precisão dos tiros, é possível tratar-se de um pistoleiro contratado para executar as vítimas”, ponderou. Ainda segundo Figueiredo, é possível que o suspeito seja de outro estado. “Talvez a pessoa não seja daqui e tenha agido até pela ignorância do funcionamento do prédio (da Polícia Civil)”. AçãoTestemunhas contaram que, momentos antes de atirar, o criminoso falava ao celular, como se estivesse indo ao encontro de alguém. Um policial civil da DHPP que esteve no local depois do crime disse que minutos antes João, a primeira vítima, havia enviado uma mensagem do celular dizendo: “Já estou aqui”. Quécia foi atingida porque estava perto de Paulo Roberto. Segundo o marido da vendedora, Albérico Nascimento, ela não percebeu que estava ferida de imediato. “Ela se assustou e saiu correndo também. Só depois sentiu o ferimento”, explicou. CorreriaO clima foi de terror na Praça da Piedade. “As pessoas corriam desesperadas para as lojas. Tinha gente chorando, passando mal, foi uma tristeza”, contou Margarida Lopes, balconista de uma das lojas da praça. Ela e algumas colegas de trabalho iam almoçar na Rua Coqueiro da Piedade quando foram surpreendidas pelos tiros. “Um curso pré-vestibular foi invadido por pessoas e alunos pedindo ajuda. Foi terrível”, declarou. “As pessoas corriam para a pista. Na agonia, uma senhora caiu no chão”, descreveu a vendedora Valdirene Mota. O ambulante Aristênio Rodrigues, 40, estava próximo à cena do crime. “Quando ouvi o primeiro tiro, me abaixei. A praça estava cheia e esvaziou rapidamente. Vi quando um dos homens baleado ainda caiu no chão”, contou. O também ambulante Roberto Almeida, 58, que vende doces na praça, disse que o crime foi muito rápido. “Não vi nada, só os caras deitados no chão já mortos. Ouvi apenas os pipocos e as pessoas correndo”. ‘Pontual’A movimentação no local do crime deixou o trânsito congestionado na região. Segundo a Transalvador, o fluxo de veículos ficou lento nos acessos ao bairro de Nazaré, na Avenida Sete e na Rua Carlos Gomes. De acordo com um dos policiais militares da Base Móvel instalada na praça, os PMs estavam de prontidão quando ouviram os tiros. “Corremos para o local, mas o autor já tinha evadido”, declarou. Questionado sobre o fato do crime ter acontecido a poucos metros dele, o policial desconversou. “Acho que não sou a pessoa certa para responder isso”. O Departamento de Comunicação da PM classificou o episódio como fato pontual. Colaborou Thais Borges. Câmera flagra fuga; polícia pede que população ajude A câmera de segurança de um estabelecimento comercial registrou o momento em que o suspeito foge correndo, pela Rua da Forca segurando uma arma. As imagens foram divulgadas pela Polícia Civil. Elas mostram que às 11h44 as pessoas que estavam na rua olham em direção à Avenida Carlos Gomes, ao ouvir o som de um disparo.
Câmera de loja na Rua da Forca, transversal à Carlos Gomes, mostra bandido fugindo ainda com arma na mão
Enquanto comerciantes e pedestres ainda estão alarmados pelo barulho, o assassino surge, na esquina, e segue correndo pela rua, até não ser mais enquadrado pela câmera. Para o delegado Jorge Figueiredo, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a divulgação das imagens é importante para a identificação do suspeito. Ele informou que o inquérito já foi instaurado e que medidas cautelares estão sendo adotadas. “Já temos informações da trajetória e temos alguns indícios de quem pode ser essa pessoa”. O delegado ressaltou, ainda, que é importante contar com a ajuda da população, através do Disque Denúncia (3235-0000). Matéria original do Correio Mortos na Piedade são envolvidos com tráfico de drogas

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