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SALVADOR

Salvador registra redução de 30% no índice de violência em abril

Na Região Metropolitana, onde os crimes letais estavam em queda, houve, entretanto, um aumento. Em abril, o índice subiu 16,9%

• 10/05/2013 às 9:16 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:45 - há XX semanas

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O índice de crimes de morte (homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte) em Salvador caiu 30,3% em abril, em relação ao mesmo mês em 2012. O resultado foi divulgado ontem pela Secretaria da Segurança Pública durante a reunião do Pacto pela Vida, programa do governo da Bahia que reúne, além das autoridades policiais, representantes do Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria e de secretarias estaduais.
De janeiro a abril, a queda no índice na capital ficou em 13,2% com relação ao primeiro quadrimestre de 2012: foram 537 crimes letais este ano contra 619 no ano passado. “Isso é resultado de uma ação focada na prisão dos autores de homicídio e também de maior presença ostensiva da polícia na rua”, afirmou o secretário da Segurança, Maurício Barbosa. O secretário informou que os 101 CVLIs (Crimes Violentos Letais Intencionais, índice usado pela SSP) registrados em abril representam o menor número mensal em seis anos.
Na Região Metropolitana, onde os CVLIs estavam em queda, houve, entretanto, um aumento. Em abril, o índice subiu 16,9%: foram 69 crimes de morte em 2013 contra 59 em 2012.
De janeiro a abril, a região ainda está com índice favorável: nos quatro primeiros meses de 2013, o número de crimes letais registrou queda de 23,2% em relação ao mesmo período de 2012. Foram 328 no ano passado contra 252 de janeiro a abril. “Temos preocupações pontuais, mas o balanço geral mostra que há uma consistência na redução”, disse o secretário.
O índice de CVLIs serve como base de cálculo para o Prêmio por Desempenho Policial, que vai dar gratificações para policiais das áreas que registrarem redução no número de crimes de morte. O pagamento será feito, pela primeira vez, no mês de abril de 2014. O valor pode chegar a R$ 4 mil para delegados, oficiais e peritos e a R$ 2,8 mil para investigadores, escrivães e praças. A gratificação só será paga se a queda chegar a 6%, meta geral estabelecida pelo governo. Os agentes das áreas onde a redução for maior receberão as maiores gratificações.
Policiais de algumas áreas integradas de segurança pública (Aisps) podem, após quatro meses, começar a fazer contas. O índice de CVLIs caiu significativamente na Boca do Rio (-58%), em Pau da Lima (-46,6%) e no CIA (-40%). Na Região Metropolitana, as áreas com maior redução foram Dias D’Ávila (-60,9%), Camaçari (-28,9%) e Simões Filho (-25,5%).
Bairros
Na capital, dividida em 16 Aisps, a região que mais preocupa é a de Brotas. O número de crimes letais subiu 84,2% nos quatro primeiros meses de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado: subiu de 19 para 35. Apenas em maio, foram registrados 10 crimes de morte.
O coronel Silvino Berlinck, do Comando de Policiamento Regional da Capital, atribuiu parte desse aumento à disputa entre traficantes do Candeal e do Buraco da Jia e relatou os planos da PM e da Polícia Civil para reduzir a criminalidade.
Nas reuniões quinzenais do Pacto pela Vida, os policiais militares e civis das áreas com índices em alta fazem uma análise das causas para a violência e as providências tomadas. As Aisps da capital foram agrupadas em três Risps (Regiões Integradas de Segurança Pública): Atlântico (que inclui Brotas, além de Barra, Pituba, Nordeste, Rio Vermelho, Boca do Rio e Itapuã), Central (Aips de Tancredo Neves, Cajazeiras e Pau da Lima) e BTS (Aips de Periperi, CIA, São Caetano, Bonfim, Liberdade e Barris).
Na reunião de ontem, policiais debruçaram-se sobre problemas de Brotas, Tancredo Neves – onde o índice quinzenal (7 mortes) foi igual ao do mesmo período em 2012 – e São Caetano, cinco mortes em 15 dias, igual a 2012.
Nas Aisps da Barra e da Pituba, não houve crimes letais em abril. Na segunda quinzena, as Aisps dos Barris, do Rio Vermelho e do Bonfim registraram apenas uma morte. Na Liberdade, foram apenas dois crimes em 15 dias.
“Infelizmente, quando ocorre um crime como esse na Piedade, há um impacto terrível na sensação de segurança. As pessoas sentem-se naturalmente desprotegidas, mesmo que os números indiquem uma redução”, lamentou Barbosa. Para ele, nesses casos, o que a polícia pode fazer é trabalhar rápido para prender os responsáveis e impedir que haja também uma sensação de impunidade.

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