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SALVADOR

Vendas de abadás superam em 10% o mesmo período do ano passado

A saída de Bell Marques do Chiclete com Banana pode ser o principal motivo da grande procura por abadás, mas não é o único

• 27/10/2013 às 20:12 • Atualizada em 30/08/2022 às 1:38 - há XX semanas

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Assim que soube que Bell Marques ia sair do Chiclete com Banana, a fisioterapeuta Pollyanna Anjos correu para comprar os abadás de domingo e segunda-feira no bloco Camaleão. Pagou R$ 890 por cada um, mas diz que não vende nem por R$ 5 mil.
“De jeito nenhum! O Chiclete é o Chiclete por causa de Bell, e Bell é Bell por causa do Chiclete. Ano que vem, ninguém sabe como vai ser. E esse ano, a gente está esperando que venha muita coisa boa na despedida”, conta ela, que há nove anos se apaixonou pelo Chiclete e sai com a banda em todos os carnavais.
Pollyana (à direita) sai no Carnaval com o Chiclete há nove anos, e os abadás de 2014 já estão garantidos
A advogada Larissa Costa não é louca pelo Chiclete e nunca saiu no Camaleão. Mesmo assim, ela também correu para a Central do Carnaval assim que as notícias sobre o vídeo de despedida do cantor começaram a pipocar na internet. Se juntou com o irmão e compraram seis dias do bloco, por R$ 4.540.
“Comprei pra fazer negócio, não vou sair nenhum dia”, conta ela, que ainda não tem noção de por quanto irá revender as camisas. “Vou esperar chegar perto para avaliar o mercado”. Mesmo com objetivos tão diferentes, Pollyanna e Larissa deram sua parcela de contribuição para o aumento de 10% nas vendas dos abadás da Central do Carnaval deste ano, em relação ao mesmo período de 2012. A Central comercializa 37 produtos entre blocos e camarotes.
O principal motivo, conta o sócio-diretor Geraldo Albuquerque (Tinho), foi mesmo a saída de Bell. Mas não foi o único. “Esse ano, o Verão é mais longo, então dá para se programar mais. E também teve o fenômeno Daniela Mercury, que reposicionou sua carreira e fez com que as vendas do Crocodilo disparassem”, conta o empresário.
De acordo a gerente de produção da Central do Carnaval, Jaqueline Lessa, não há um aumento em número de abadás vendidos, mas sim uma aceleração das vendas. “Camaleão é sempre o primeiro a esgotar, mas isso só acontece normalmente em janeiro ou bem próximo do Carnaval”, afirmou. Segundo ela, cada bloco tem que obedecer a um limite de 3 mil foliões por dia, o que significa que o Camaleão, esse ano, sairá com sua capacidade máxima.
Karen Freitas e a prima Fernanda Rebouças são fãs de Saulo e sempre procuram acompanhar o cantor
Já a gerente de vendas Larissa Teixeira lembra que o primeiro lote de abadás do Camaleão custava R$ 2.290 (três dias), e começou a ser vendido na Quarta-feira de Cinzas, mas no dia 10 de setembro quando Bel Marques anunciou que estava saindo do Chiclete, as vendas aceleraram tanto que o primeiro lote acabou no mesmo dia e loja do shopping Iguatemi fechou a 00h30.
“A loja encheu, tinha filas até do lado de fora. Tivemos até que suspender as vendas através do site, pois a procura foi muito intensa. O shopping fecha 22h, mas nós só conseguimos fechar depois de meia- noite”, recordou.
Ainda de acordo com a gerente, o segundo lote durou apenas as primeiras quatro horas do dia seguinte. Após o Camaleão esgotar, a alternativa para os fãs do Chiclete foi o Nana Banana que sai com a banda dois dias. O Nana já está no segundo lote e passou a custar R$ 1.040 e R$ 990 o dia que sai com a Timbalada.
Nesta época do ano, o normal é vender 50% dos abadás, mas este ano, muitos blocos já passaram dos 70%, a exemplo da Timbalada, Inter (com Tomate), Balada (Tuca Fernandes) e o próprio Crocodilo. O Nana Banana já atingiu 80% e o Camaleão, depois que esgotou, teve um lote extra colocado à venda.
Isso significa que já foram vendidos 8.250 abadás do Camaleão, a uma média de R$ 1.140 cada um (considerando os pacotes econômicos). Uma movimentação de R$ 9.405 milhões, que ainda se somarão aos R$ 967,5 mil dos 750 do lote extra, que estão um pouco mais caros: média de R$ 1.290. Se você já fez a conta, deve estar impressionado com os mais de R$ 10 milhões que a Central vai arrecadar só com o bloco Camaleão. Uma parcela desse valor será para pagar aos 600 funcionários que a empresa irá contratar a partir do mês que vem. Interessados devem preencher uma ficha em uma das lojas.
Mas, se Bell e Daniela são os trunfos da Central, o Axé Mix também tem o seu. Esse ano, a inclusão de Saulo Fernandes nas atrações do Coruja e do Cerveja & Cia foi o que impulsionou as vendas dos dois blocos. “Saulo toca dois dias no Cerveja e um no Coruja. Isso deu uma mexida no público, tivemos um pequeno aumento de vendas”, conta Marcelo Rangel, diretor da Axé Mix.
A estudante de Engenharia Karen Freitas é uma dessas pessoas que foram atraídas para o bloco por conta do cantor. Fã de carteirinha de Saulo, ela diz que só está esperando o salário deste mês cair na conta para garantir pelo menos um dia do Cerveja & Cia. “Meus últimos anos de Carnaval, saio só com ele. Um dia ou dois. O resto é na rua”, conta Karen, que ano passado se despediu do cantor no bloco Eva.
O empresário Rangel, no entanto, não arrisca dizer um percentual. “O Chiclete teve um fato atípico, já esperávamos por isso. Mas com a gente foi diferente”, diz.
Numa das lojas do Axé Mix, uma funcionária que preferiu não se identificar disse que as vendas ainda não aceleraram tanto. “Normalmente as vendas começam a melhorar a partir de janeiro, quando está mais próximo do Carnaval”.
*Colaborou Joice Vieira Matéria original: Correio* Vendas de abadás superam em 10% o mesmo período do ano passado

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