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SALVADOR

Dois de Julho: celebração da liberdade baiana

Hino ao Dois de Julho foi considerado como o oficial da Bahia, em abril deste ano

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15/03/2011 às 15:47 • Atualizada em 27/08/2022 às 1:48 - há XX semanas
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Foi após mais de um ano de lutas que a Bahia, no dia 2 de julho de 1823, teve sua independência de Portugal declarada. Para muitos pesquisadores, essa é a real independência do Brasil, pois foi o primeiro passo dado para o fim do domínio português ao território brasileiro. Neste dia, tropas formadas por militares brasileiros entraram em Salvador e lutaram com os portugueses que ocupavam a capital baiana. Esse foi o primeiro exército do Brasil e teve o comando do General Labatut.

A cidade de Cachoeira, no Recôncavo, foi cenário de importantes acontecimentos que culminaram na Independência da Bahia. Em junho de 1822, os cachoeirenses lideraram o movimento de luta e deflagraram guerra contra os portugueses. No dia 25, os vereadores de lá redigiram uma ata e aclamaram Dom Pedro Alcântara, príncipe regente do Brasil.

Em homenagem a essa data, o governador Jaques Wagner sancionou a Lei 10.695/07 que determina que no dia 25 de junho a sede do governo seja transferida para Cachoeira. Essa medida vem sendo adotada desde 2008 e será feita todos os anos.

Festa – O Dois de Julho é comemorado, atualmente, com muita festa. O cortejo, que relembra os guerreiros que lutavam pela independência, já é uma tradição. Para Socorro Targino, arquiteta, mestre em História e autora do livro Dois de Julho: a História da festa, uma das coisas mais importantes é que a festa é feita pelo povo. “É uma forma de congraçamento e não perde a tradição. A festa é em verde e amarelo, não apenas da Bahia”.

Durante o desfile, é possível ver as imagens do caboclo, da cabocla e de outros personagens que defenderam a Bahia dos portugueses. “A vitória foi possível graças a ajuda de índios, negros e quilombos que participaram das últimas lutas. É importante rememorar e mostrar na festa quem foram essas figuras”, diz Mateus Torres, gerente de pesquisa e planejamento do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). Em 2006, o cortejo do Dois de Julho foi registrado pelo Ipac no livro especial dos eventos e celebrações.

Hino – Com letra de Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos Barreto, o hino ao Dois de Julho foi considerado como o oficial da Bahia, em abril deste ano. “Ele é entoado todos os anos, faça chuva ou sol, mas sempre de uma forma renovada. Além disso, todas as frases são pequenas, de modo que fica fácil para o povo cantar”, revela Socorro.

Segundo ela, há dois hinos que representam muito para a Bahia e ambos estão ligados ao Dois de Julho. “Um é o do Senhor do Bonfim e o outro é o que tem o nome da data. O hino do Senhor do Bonfim foi feito para homenagear os 100 anos do Dois de Julho”, completa.

PROGRAMAÇÃO:

6h: Queima de fogos no Largo da Lapinha
7h30: Hasteamento das bandeiras e execução dos hinos Nacional e ao Dois de Julho
8h: Início do cortejo cívico
10h30: Recolhimento dos carros dos caboclos na Praça Municipal
15h30: Saída do cortejo cívico na Praça Municipal
16h30: Chegada dos carros ao Campo Grande

Conheça a letra do Hino "Dois de Julho"

(Hino Oficial da Independência da Bahia)
Letra: Ladislau dos Santos Titara
Música: José dos Santos Barreto

Nasce o sol a 2 de julho
Brilha mais que no primeiro
É sinal que neste dia
Até o sol é brasileiro
Nunca mais o despotismo
Regerá nossas ações
Com tiranos não combinam
Brasileiros corações

Salve, oh! Rei das Campinas
De Cabrito e Pirajá
Nossa pátria hoje livre
Dos tiranos não será

Cresce, oh! Filho de minha alma
Para a pátria defender,
O Brasil já tem jurado
Independência ou morrer

Clique aqui para fazer download do Hino Cantado

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