Foram presos, na manhã desta quinta-feira (25), empresários Narciso Fernandes do Nascimento, 53 anos, e Roberto Pacheco Ávila, 33, sócios na Parazzo Móveis, fabricante de móveis planejados de alto padrão. Eles são acusados de lesar 30 clientes, em um golpe que pode chegar a R$ 4 milhões. De acordo com o delegado Oscar Vieira Neto, titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), os golpes começaram há seis meses, quando os empresários passaram a informar aos seus clientes que os móveis encomendados não seriam entregues porque a Parazzo havia falido. Cada cliente lesado teria desembolsado, dependendo da complexidade do serviço, valores entre R$ 150 mil e R$ 300 mil. As prisões ocorreram em cumprimento a um mandado de prisão temporária. LaranjasSegundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, as investigações mostraram que Narciso Fernandes utilizou o nome de familiares e de funcionários também, como sócios “laranjas”, para fundar, além da fábrica de móveis planejados, a Ferragens e Cia - Componentes para Móveis, fornecedora de matéria-prima e de outros componentes usados na fabricação de móveis, como dobradiças e ferrolhos para a própria Parazzo. Diante das dificuldades em entregar os móveis solicitados, os dois empresários chegaram, segundo o titular da Decon, a sugerir aos clientes que comprassem da Ferragens e Cia os componentes que faltavam e contratar os serviços dos seus funcionários, lotados na Parazzo, que estavam parados, e poderiam terminar o serviço recebendo uma gratificação “por fora”. De acordo com o delegado, depois de anunciar a falsa falência, os empresários chegaram a afixar uma placa no showroom da empresa, informando que as encomendas poderiam ser feitas diretamente na fábrica. Funcionários e familiares dos empresários já foram interrogados na Decon e liberados. Depois de passarem por exames de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT), eles foram autuados por formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica e podem pegar até 13 anos de cadeia. A dupla ficará custodiada na carceragem da Polinter, no Complexo Policial dos Barris.
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