Durante uma caminhada em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra na praça Nelson Mandela, em Salvador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde desta sexta-feira (20) que os críticos do governo federal deveriam comparar a situação da população negra no país antes e depois dos governos petistas.
"É possível discordar de nosso governo, mas eu gostaria que aqueles que discordam também pensassem qual era a situação do negro neste país antes de o PT chegar ao poder", afirmou. Lula chegou ao ato às 17h20, no bairro da Liberdade, acompanhado do governador da Bahia, Rui Costa (PT). O ex-presidente foi direto para o trio elétrico que animava a festa e, no percurso, recebeu abraços de populares.
Durante o discurso, Lula foi ovacionado aos gritos de "Olé, olé, olá, Lula, Lula", mas também recebeu vaias de parte do público. Em cerca de cinco minutos, Lula defendeu iniciativas do governo de Dilma Rousseff contra a desigualdade racial, como a aprovação da lei que destina cota de 20% das vagas em concursos públicos para negros, e mencionou também Estatuto da Igualdade Racial, aprovado em 2010, último ano de seu governo.
Afirmou ainda que o governo petista ampliou como "nunca na história do país" a possibilidade de negros ingressarem nas universidades. "Façam uma pesquisa e vejam se havia 1% de negro nas universidades. Hoje as meninas e os meninos negros podem alcançar serem médicos, e não apenas ajudantes de pedreiro ou empregadas domésticas", disse. Lula se retirou da comemoração sem falar com a imprensa, enquanto o ato, que reunia cerca de 7.000 pessoas, segundo a PM, seguiu com uma caminhada em direção ao Pelourinho.
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