O lema dos crackers ou hackers é roubar dinheiro, apenas, dos mais ricos. Mas, essas ações ilícitas, muitas vezes, tomam uma dimensão maior do que o esperado. Estar conectado ao mundo virtual instiga qualquer pessoa a experimentar novas práticas, sejam pesquisas, redes sociais ou invadir uma conta bancária. Todos esses endereços podem fazer parte da vida de internautas que dedicam boa parte do seu dia para navegar pelas ondas online. Para combater essas atividades a ONU (Organização das Nações Unidas) promove a proteção dos direitos humanos, o fortalecimento da democracia, a proteção das crianças e jovens contra abusos, prevenção de crimes organizados, lavagem de dinheiro, trafico de pessoas, crimes cibernéticos entre outros. O CoE (Conselho da Europa) é especializado em combater o cibercrime em todo o mundo. Brasil, Argentina, Sri Lanka e Filipinas são alguns países que já estão sendo pesquisados. Segundo Alexander Seger, diretor geral dos direitos humanos e assuntos legais do CoE, eles estão trabalhando com o governo brasileiro sobre legislação para cibercrime, com promotores públicos em São Paulo e Belo Horizonte, oferecendo treinamento e colaboração com a Polícia Federal. “Gostaríamos de fazer muito mais no Brasil e agora estamos buscando mais recursos para oferecer treinamentos e suporte para o país”, completa. Um dos movimentos da CoE é a Convenção de Budapest de Cibercrime, que tem como objetivo convidar países para participar deste projeto. A iniciativa visa criminalizar certos tipos de contatos pela internet e agregar mais países nesta luta. Outra missão da Convenção de Budapeste é promover uma eficiente cooperação internacional, com guias de orientação e treinamento para as forças policiais e para promotores, ajudando da melhor maneira possível combater o cibercrime. Crimes virtuais foi um dos temas discutido por líderes mundiais durante o 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, realizado em Salvador entre os dias 11 e 19 de abril. Segundo Alexander, os acordos de colaboração e participação que os promotores públicos do Brasil estão fazendo para combater os crimes virtuais servirão de inspiração para outros países do mundo. “A lei criminal e a força policial têm diversas missões, entre elas educar para proteger as crianças de abusos, o que é critico atualmente. E o Brasil está ajudando neste quesito”, salienta Alexander Seger. Mas, até que ponto a pessoa pode ser investigada sem que haja uma invasão de privacidade? De acordo com o diretor, a polícia só pode investigar o computador de uma pessoa se tiver fortes indícios de que esta pessoa está ligada ao crime. “Existe uma regra na Europa de que para investigar o computador de uma pessoa, é preciso ter muito boas razões. A privacidade das pessoas é muito mais invadida pelos criminosos do que pela força policial na investigação destes crimes”, conclui Alexander.
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