O corpo do vigilante José Souza dos Santos, 56 anos, morto durante assalto na noite do último domingo (6) no bairro do Rio Vermelho, foi enterrado no final da tarde desta segunda-feira (7) no Cemitério do Campo Santo, na Federação. Durante o velório, amigos lamentaram a morte do vigilante, pediram justiça e lembraram de José como um homem íntegro e prestativo.
“Sempre se preocupou em ajudar todo mundo, era um homem de bem, trabalhava lá no prédio há mais ou menos 12 anos. Nunca soubemos de nenhum desentendimento dele com ninguém. Foi um susto para todo mundo saber da morte dele”, disse Maria José, 39, porteira do prédio onde José trabalhava. Durante o velório, amigos e familiares do vigilante prestaram homenagens entoando cânticos religiosos e orações. Ele era membro de uma igreja evangélica. A esposa de José, segundo informações de amigos da família, não esteve no enterro.
“Ela (esposa) faz hemodiálise. Era ele que sustentava a família. Como eles ficarão agora? A mulher dele só ficou sabendo da morte hoje, não teve condições se despedir do marido”, disse a aposentada Maria Alaide, amiga da família. De acordo com a delegada Jussara Oliveira, titular da 7ª Delegacia (Rio Vermelho), até o momento, 7 testemunhas já foram ouvidas, a principal linha de investigação é a de latrocínio (roubo seguido de morte).
Foto: Marina Silva/CORREIO |
“Ainda estamos apurando o caso, já ouvimos algumas testemunhas, mas acreditamos que ele foi morto porque os bandidos imaginaram que ele poderia ter visto a ação e matado porque ele poderia ser uma testemunha”. Disse a delegada, que também investiga a possibilidade de algum dos bandidos ter identificado o vigilante.
José Souza foi morto enquanto trabalhava. Ele estava sentado na frente da garagem do Edifício Pedra da Sereia, quando três homens entraram no restaurante de mesmo nome, que fica ao lado do prédio. Os bandidos assaltaram os clientes; depois, um deles saiu na rua, puxou José pelo braço e levou José pelo braço até o estabelecimento, onde executou o vigilante.
“O que fizeram com ele foi uma covardia. Queremos justiça. Ele era um cara 100%, prestativo, ajudava todo mundo. Não tinha tempo ruim. A rotina dele era casa, igreja, trabalho. Era meu compadre”, lembrou o assistente de manutenção Geremias Trajano, padrinho de um dos três filhos do vigilante.
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