Em entrevista ao jornal A Tarde desta segunda-feira (28), o vereador Marco Prisco, que está preso há dez dias no presídio da Papuda, em Brasília, contou como estão sendo os dias na prisão. Ele também disse que não teme ter seu cargo de vereador suspenso. "Como um terror. Estou bem fisicamente, mas mentalmente destruído. Não como, sinto fortes dores de estômago e tenho medo de que isso influencie no meu problema de coração, que é genético. Sinto-me deprimido...", disse.
Prisco também contou que confia nos seus colegas vereadores e que eles sabem que está impedido de exercer o mandato por conta da prisão arbitrária que sofreu. O líder da greve da PM contou que sua prisão foi uma surpresa. "Porque não há provas no processo. Ninguém ainda foi ouvido nele. Tudo baseado na Lei de Segurança Nacional, da época da ditadura, que já foi alvo de análise do Supremo, que declarou inconstitucionais diversos requisitos desta. Foi muito triste e aterrorizante, estava na frente de meus filhos e esposa. Eu fui tratado como criminoso, coisa que eu não sou", contou. O vereador ainda deixou uma mensagem para os policiais que estão mobilizados para a soltura dele. "A mensagem que eu deixo para a tropa é que tenha tranquilidade. Peço humildemente que, sem movimentos, sem paralisações, continuem cobrando das autoridades a minha liberdade e trabalhando em prol da sociedade. Sou vereador de Salvador, acredito que o certo é minha prisão na Câmara ou domiciliar. Passo horas me perguntando como isso aconteceu. Clamo por minha liberdade", contou. Prisco foi preso, no último dia 18/04, na Costa do Sauípe, e transferido para a capital federal imediatamente, onde cumpre um mandado de prisão preventiva de 90 dias por reincidir em crimes contra a ordem pública pelos quais responde num processo relativo à greve de 2012.
Prisco foi preso no último dia 18/04, na Costa do Sauípe, e transferido para a capital federal imediatamente |
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