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SALVADOR

Estuprador apaixonado por vítima é reconhecido por mais mulheres

Ao ver mulheres sozinhas, homem agarrava as mulheres pelo braço e as ameaçavam, levando-as até um bambuzal perto do Salvador Shopping

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06/04/2012 às 9:33 • Atualizada em 31/08/2022 às 20:27 - há XX semanas
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“Bom dia, amor. Você é uma morena muito bonita, a morena mais bonita que eu já vi nos últimos tempos”. Parece um galanteio de um namorado apaixonado. Na verdade, trata-se de uma das mensagens enviadas por Tiago Oliveira Silva dos Santos, 26 anos, a uma estudante de 21 anos que ele estuprou na terça-feira (3), facilitando que a polícia o localizasse e prendesse em flagrante na noite seguinte, no mesmo local do crime. Após o estupro, ele exigiu que a vítima lhe desse o número do celular e passou a quarta-feira fazendo vários contatos, tentando reencontrá-la. Ao prestar queixa na 16ª Delegacia Territorial (Pituba), ela foi encorajada pelos agentes a marcar um encontro. Acreditando que ia vê-la novamente, Tiago voltou ao local onde cometeu o crime e foi surpreendido pela polícia.
Estuprador preso ao tentar rever vítima é reconhecido por mais duas mulheres
De acordo com o delegado Nilton Tormes, titular da 16ª delegacia, ele foi reconhecido por outras duas vítimas, incluindo uma universitária de 24 anos, que fez o retrato falado do criminoso. Além dos três crimes confirmados, mais duas mulheres deverão ser ouvidas. Todas são vítimas de estupro no mesmo local, um bambuzal próximo ao Salvador Shopping. Elas têm um relato semelhante, tanto quanto às características do acusado, tanto da forma de sua forma de abordagem: ao vê-las sozinhas nas imediações do shopping, o rapaz agarrava as moças pelo braço, ameaçando-as de morte e agredindo verbalmente. Obrigando as vítimas a andar de mãos dadas com ele, para não levantar suspeitas, as levava para o bambuzal, onde cometia os crimes. No caso da sua última vítima, a ação foi parecida, mas o desfecho foi diferente. Ao perceber que a jovem estava menstruada, ele pediu que pelo menos ela praticasse sexo oral. Antes de deixá-la, pediu seu telefone, por ter se apaixonado e querer vê-la. Drogas - Tiago nega o estupro, afirmando que tudo o que aconteceu foi consentido. “Chamei ela pra conversar e ela me perguntou o que era. Disse que era rapidinho e ela veio. A gente foi andando e conversando e perguntei se ela queria ficar comigo”, contou, acrescentando que tinha consumido maconha, cocaína e que teria bebido durante todo o dia. “Ela disse ‘não me beije e nem me toque’, então perguntei se ela faria outra coisa pra me agradar”, completa. Segundo ele, quando a estudante teria dito que nunca havia feito aquela prática sexual, sua resposta foi que “qualquer mulher, mesmo sem namorado, sabe o que é essas coisas”. Mesmo com esse pedido, e tendo abordado a vítima em local deserto, ele classifica sua ação como “uma cantada qualquer”, e alega não entender porque a vítima o denunciou. “Eu não fiz nada que ela não quisesse e ela ainda me deu o telefone. Fiz tudo para que ela não achasse que eu queria fazer uma maldade com ela, porque queria encontrar com ela de novo”. Segundo ele, a jovem não pareceu desesperada com a situação. “Perguntei várias vezes: você está com medo de mim?”, diz. No entanto, ele se diz arrependido. “Se eu soubesse que ia ser acusado desse jeito não teria dado nem boa noite”, afirma. Quanto as outras vítimas, acredita que aparecerão mais. “Essas outras que disseram aí eu não tenho conhecimento, mas com certeza depois disso vão aparecer várias me acusando, vejo isso na televisão direto”. Revolta - Para o delegado Nilton Tormes, o comportamento da vítima pode ter sido motivado por uma revolta contra o estupro. “Não sabemos como vamos reagir. Acredito que ela quis ter o controle e garantir que ele fosse punido, pelo ódio gerado pelo crime”. Tormes também não considera incomum a atitude de Tiago. “Já ouvi relatos de estupradores que acabam se afeiçoando pela vítima”.De acordo com o delegado Nilton Tormes, o rapaz, que já teve a prisão preventiva decretada, responderá por estupro, cuja pena varia de 6 a 10 anos de prisão. No entanto, com a quantidade de vítimas ainda em investigação, não é possível determinar quanto tempo ele ficará em reclusão. O delegado espera que novas vítimas apareçam.

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