Os ex-funcionários da extinta CSN encerraram, na noite desta terça-feira (19), o protesto na Avenida Antônio Carlos Magalhães, em Salvador. A manifestação começou por volta das 11h15 da manhã.
De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), os ex-funcionários pararam alguns ônibus durante a tarde e chegaram a ocupar três faixas de rolamento. O trânsito ficou congestionado durante todo o dia nas proximidades do Terminal Rodoviário.
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Há seis dias, o grupo bloqueou a saída de ônibus da Estação da Lapa. O principal motivo é o não pagamento de verbas rescisórias aos trabalhadores demitidos e desligados com a extinção da empresa. O grupo informou que na semana passada uma reunião com o Prefeito de Salvador, Bruno Reis, estava agendada. Entretanto, ninguém foi recebido. A assessoria do prefeitura relatou ainda que não havia nenhum encontro marcado.
Entenda impasse
O problema com a CSN começou em junho de 2021, quando a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da empresa, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a CSN vinha descumprindo acordo coletivo assinado com a categoria, além de atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete alimentação.
Já em março de 2021, a empresa teve o contrato rescindido pela prefeitura, após um relatório de uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato por parte da empresa.
Após o fim da operação da CSN, parte dos profissionais foi admitida pelos dois consórcios em operação na cidade (OTTrans e Plataforma). No entanto, outros não foram contratados, nem receberam os pagamentos que tinham direito. Desde então, os trabalhadores seguem em protesto para que os valores sejam pagos a eles.
Posicionamento da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Salvador afirma estar buscando “intermediar as negociações para a venda dos terrenos da antiga CSN”.
“A Prefeitura de Salvador tem buscado intermediar as negociações para a venda dos terrenos da antiga CSN junto a empresas do ramo imobiliário, entretanto, não há interferência do poder municipal nos prazos para pagamento dos valores à empresa ou aos seus funcionários. Durante encontro entre o prefeito Bruno Reis e os ex-funcionários, ocorrido em maio deste ano, o gestor esclareceu que, em função de trâmites burocráticos, todo o processo poderia levar até 90 dias, tendo estes se comprometido a aguardar sem a realização de novas manifestações. Entretanto, desde a última semana, os rodoviários voltaram a realizar manifestações, que, como os mesmos já confirmaram, não conta com o apoio do Sindicato da categoria. A Prefeitura reitera seu compromisso em auxiliar no que for possível a conclusão deste imbróglio, porém ressalta que estas manifestações não agilizam, de forma alguma, o processo legal da venda dos terrenos ou o pagamento das verbas rescisórias, e apenas atrapalham o trânsito da cidade e a mobilidade dos cidadãos.”
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Redação iBahia
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