Os acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) estão bloqueados na tarde desta quarta-feira (8). O efetivo de 1.038 policiais (PM, Força Nacional e Exército) mantém a segurança no local, que só pode ser acessado por profissionais de imprensa devidamente identificados. Desde a manhã de hoje, a entrada de pessoas com comida e medicamentos está proibida. O porta-voz do comando da VI Região Militar, tenente-coronel Márcio Cunha, informou que o comando de operações tem condições plenas de atender qualquer manifestante com necessidade de atendimento médico do lado de fora da Assembleia Legislativa. Há uma ambulância UTI posicionada e os grevistas que saírem da Assembleia poderão se alimentar e ser medicados, mas não poderão retornar ao prédio. Também na manhã de hoje, dois helicópteros do Exército pousaram no CAB após fazer sobrevoos. A chegada de um grupo de policiais da Força Nacional aumentou a instabilidade nas negociações. A luz do havia sido cortada ontem por volta da 23h, mas foi retomada novamente às 0h30. Anistia de PMsMarco Prisco, presidente da Aspra e líder dos grevistas, disse em entrevista a emissoras locais de televisão que a anulação dos mandados de prisão dos 12 líderes do movimento é a principal reivindicação dos grevistas para por fim à paralisação. "Tem uma pauta que tem que ser discutida primeiro, que é a questão da revogação das prisões. Sem a discussão dessa pauta, não há outra discussão. A pauta não é só a questão da GAP", disse. Com a revogação das prisões, o líder grevista garantiu que a greve será encerrada: “só basta revogar as prisões dos policiais militares honestos baianos. Revogando, (a greve) acaba agora". Mas o secretário de comunicação Robinson Almeida relatou, também em entrevista a uma emissora local, que a revogação das prisões não depende do governo do Estado. “Essa questão depende da Justiça, que determinou as prisões. O governo não tem como prorrogar a decisão da Justiça. Ainda tem 10 pessoas com mandado em aberto. Eles (os grevistas) devem pedir à Justiça a revisão da decisão judicial. As outras questões que dizem respeito ao governo já foram 100% atendidas”, afirmou. PMs presosAté a tarde desta quarta-feira (8), dois policiais que tiveram mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça a pedido do Ministério Público foram presos. Um dos líderes do movimento grevista, o sargento Elias Alves de Santana, dirigente da Aspol, foi preso na quarta-feira (7). Também ontem, a Aspra teve um pedido de habeas-corpus de cinco integrantes negado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), entre eles o ex-policial Marcos Prisco.
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