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A família do advogado Ricardo Andrade Melo, 37 anos, ofereceu recompensa sobre o seu paradeiro após quase quatro meses após o desaparecimento. Ricardo saiu de casa no dia 29 de abril, seu aniversário, em companhia de um vizinho Paulo Roberto Gomez Guimarães Filho, 37, o Paulinho Mega. O caso, revelado após uma reportagem da TV Bahia, mostra imagens dos dois deixando o prédio onde moravam, no Corredor da Vitória. Ambos se conheceram dez dias antes do desaparecimento do advogado. Segundo o chefe da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, delegado Cleandro Pimenta, Paulinho Mega era estelionatário e sabia como se aproximar das vítimas. O primeiro contato entre ele e Ricardo ocorreu no píer do prédio, numa conversa informal. “Ele sabia que a vítima gostava de carros e lanchas. Contou que tinha os mesmos gostos e isso facilitou a aproximação”, explica o delegado. Para sensibilizar a vítima e tornar o contato ainda mais próximo, Mega teria dito ainda que tinha um câncer terminal. O apelido de Mega seria uma derivação de megalomaníaco e foi atribuído a ele ainda na infância. Segundo a polícia, o suspeito morava no primeiro andar do prédio com o pai, Paulo Roberto Gomez Guimarães, 63. Eles se mudaram para o local em novembro, mas nunca pagaram o aluguel. No dia do desaparecimento, Mega disse para Ricardo que estava aguardando a entrega de um carro novo (uma Maserati) e pediu ao vizinho para acompanhá-lo na entrega do veículo, que aconteceria em uma concessionária. Os dois deixaram o prédio às 6h45, entraram no carro do suspeito e seguiram para a suposta revendedora. No caminho, pararam em um posto de gasolina, na Graça, para abastecer o carro. Depois disso, sumiram. O paradeiro do pai de Mega também é desconhecido. O sequestrador entrou em contato com a família de Ricardo no dia seguinte, pediram dinheiro, mas a família procurou a polícia. Desde então, não houve mais contato. O delegado Cleandro conta que Mega já respondia a processo por outros crimes, entre eles, dois homicídios, em 1999 e 2003, e tráfico internacional de drogas, em 2010. “Ele estava cumprindo prisão domiciliar, no Mato Grosso, por conta do tráfico. A família pediu transferência para Salvador, onde ele deveria continuar em prisão domiciliar”, revela. Mega, no entanto, foi condenado, em abril, a 22 anos de prisão por conta do assassinato de um administrador, em 2003, e é considerado foragido da Justiça. Matéria Original Correio 24h:
Família de advogado sequestrado por vizinho na Graça oferece recompensa por paradeiro