Família do publicitário vai pedir revogação de soltura

Após a soltura do advogado Roberto João Starteri, 38, suspeito de provocar o acidente que matou o publicitário Daniel Prata, 28, na madrugada do último sábado (8), a família de Daniel afirma que já está juntando as provas para entrar com pedido de revogação da soltura do advogado.Segundo advogado da família, Bruno Alves, alguns fatos fundamentais não foram levados em conta. " A justiça não considerou os fatos mais óbvios do caso como o motorista dirigir completamente bêbado, e com o dobro da velocidade permitida no local, além de já ter participado de outro acidente parecido", diz o advogado. A irmã do publicitário ainda afirma que Roberto mentiu perante à Justiça. "Em um momento ele afirmou que bebeu. Depois a defesa disse que havia bebido pela tarde, quatro latas de cerveja, e que na hora do acidente ele tinha acabado de sair de casa pra comprar um cigarro", conta a irmã de Daniel.Ainda segundo o advogado, alguns fatos podem comprometer Roberto. "Ele demonstrou estar em estado de embriaguez, dirigia com o dobro da velocidade que é permitida no local, e se mostrar completamente indiferente com qualquer situação que poderia causar. Além de já participado de um tipo de acidente parecido, no interior de Bahia.", afirma o advogado da família de Daniel. Ainda com relação à soltura o advogado Bruno questiona a decisão da judicial. "Nessa situação era pra ser julgado como crime doloso, e não culposo como a Justiça fez, já que Roberto não estava preocupado com que poderia acontecer com ele e as pessoas em volta", explica o advogado.

Carro de Daniel após o acidente

A irmã de Daniel conta que estão reunindo todas as provas para a revogação da soltura do advogado e se mostrou indignada. "Esse cara solto está pondo a sociedade em risco", afirmou a irmã de Daniel. O caso vai ser investigado pela 16ª Delegacia de Polícia, no bairro da Pituba, e Roberto Starteri vai responder por homicídio culposo, lesão corporal e por dirigir embriagado. O inquérito policial foi instaurado e de acordo com o Tribunal de Justiça, ainda não há confirmação de qual Vara Criminal será responsável pelo caso. A médica Luciana Lucetti , que acompanhava Daniel no banco do carona, está em coma no Hospital São Rafael.A equipe do iBahia tentou falar com o promotor Geraldo Agrelli, que deu parecer a favor da soltura do advogado. De acordo com a assessoria do promotor, ele deve se pronunciar pela tarde.