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Turistas de Goiás se decepcionam no Porto da Barra. Nada de banho dessa vez (Foto: Mauro Akin Nassor/ Correio) |
Novembro, pouco mais de um mês para o início do Verão e o casal goiano Rafael Macedo, 38 anos, e Amanda Lousa, 25, tenta aproveitar a rápida visita a Salvador, por conta da participação em um concurso público. Os dois acordam cedo para curtir um pouco da praia, contudo, quando chegam ao Porto da Barra munidos de protetor solar e trajes de banho, a decepção: tempo fechado, mar revolto e forte ventania. “A gente ficou ansioso, né? Só que hoje não tem nem condição de dar um mergulho”, lamentou Rafael, que é administrador. “Viemos com uma vontade enorme de tomar um banho de mar, mas fica para a próxima”, emenda a contadora Amanda. Depois da chegada de uma frente fria vinda do Sul do país, no final de semana, baianos e sobretudo, soteropolitanos, tiveram que tirar os agasalhos do fundo do armário. Foi o que fez a educadora Camila Mendes, 23, que precisou encarar a ventania da orla na manhã de ontem. Look do dia: blusa leve por baixo, agasalho por cima. “Eu não gosto muito de frio. Prefiro o clima mais quente, pois já estou acostumada”, comentou. Má notícia para ela: o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirmou que apesar da ventania e das chuvas permanecerem apenas no início dessa semana, o friozinho vai perdurar um pouquinho mais. Para quem precisa entrar no mar para trabalhar, condição ideal. No entanto, ontem, vento e mar revolto fizeram os poucos pescadores que foram à Colônia Z1, no Rio Vermelho, passarem a manhã conversando, esperando com o sentimento que dá nome à praia que delimita o barracão: Paciência. “Quando abri a janela de casa e vi o céu fechado, vi que não ia ter pesca”, afirmou o pescador Almir de Albergaria. Segundo ele, a colônia que serve de apoio para mais de 60 pescadores está esvaziada há três dias. Contudo, de acordo com a meteorologista Cláudia Valéria, a frente fria que chegou a vários pontos do estado “só dura neste início de semana”. Ainda conforme a especialista, “o que causou o maior impacto na população foi a queda na temperatura”. Em relação à semana passada, a capital registrou queda de 2°C em relação à temperatura mínima e menos 3°C em relação à máxima. A Defesa Civil contou até a tarde de ontem duas ameaças de desabamento de imóvel e uma de deslizamento de terra na capital. Já no interior, as consequências da frente fria foram mais graves. Em Bom Jesus da Lapa, a chuva deixou mais de 500 famílias desabrigadas; a prefeitura decretou estado de emergência. Em Brumado, a barragem de Cristalândia transbordou e complicou o acesso ao centro da cidade. Na zona rural, dez ovelhas morreram após serem atingidas por um raio. Vitória da Conquista, Caculé, Juazeiro e Itabuna também registraram problemas decorrentes das fortes chuvas e vento. Matéria Original Correio 24 Horas:
Frente fria no estado deve durar apenas neste início de semana, diz meteorologista