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SALVADOR

Homem perseguiu garota por cinco anos antes de matá-la a facadas na San Martin

O corpo de Cíntia Cardoso Pinheiro, de 14 anos, foi enterrado ontem à tarde, no cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas

• 19/09/2011 às 8:11 • Atualizada em 27/08/2022 às 13:54 - há XX semanas

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Josevaldo Barreto da Silva, 47 anos, fez da obsessão que sentia pela estudante Cíntia Cardoso Pinheiro, 14, o único sentido de sua vida. Mas, diante de um amor não correspondido, ele premeditou a morte da jovem, a quem matou a facadas no sábado, na avenida San Martin. O corpo da garota foi enterrado ontem à tarde, no cemitério Quinta dos Lázaros, na Baixa de Quintas. Há cerca de um mês, Secão, como é conhecido Josevaldo, deixou claro o destino que tinha reservado para a adolescente. “Ele me disse que, se Cíntia não ficasse com ele, ela não ficaria com mais ninguém”, contou ontem a aposentada Maria de Lourdes Cirina da Silva, 61, vizinha da adolescente. Dependendo de uma cadeira de rodas, após quebrar o braço e uma perna numa queda, Maria de Lourdes passou a ser visitada por Josevaldo, com quem até então não mantinha contato. Outro vizinho da adolescente, José Carlos Leite, 45, comentou que se aproximar de Maria de Lourdes foi uma forma que Josevaldo achou para ficar de olho em Cíntia. “Outro dia ele estava escondido atrás de um poste de iluminação com olhar fixo para a casa dela”, lembrou José Carlos. Uma amiga da família da jovem disse que várias vezes o assassino foi visto rondando o Colégio Estadual Carneiro Ribeiro Filho, na Soledade, onde Cíntia cursava a 5ª série. agressividade Uma colega de escola de Cíntia contou que a fixação de Josevaldo surgiu há cinco anos, quando ele quis batizar a garota. “Mas nem ela nem o pai quiseram. Toda vez que ela visitava o pai, na Liberdade, onde Josevaldo também morava, ele não tirava o olho dela”, disse. De acordo com os vizinhos, a faca usada por Josevaldo para perfurar as costas e barriga de Cíntia foi comprada há duas semanas. Outra vizinha que não quis se identificar contou que Josevaldo sempre teve um comportamento agressivo. “Tenho uma prima que mora na rua dele e, lá, todo mundo sabe que ele bate na mãe e nas irmãs. Ele não é certo da cabeça”. Além disso, ela contou que Cíntia não foi a primeira garota perseguida por Josevaldo. “Ele sempre correu atrás de meninas na Liberdade. É um descarado”, disse. No sábado, depois de esfaquear Cíntia, o assassino tentou se matar, golpeando a própria barriga. Ele foi levado ao HGE, onde está sob cuidados médicos e custódia do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). DespedidaInconformado com a morte prematura de Cíntia, o padrasto da jovem, Ivan Alves, disse que a mãe dela estava pensando na festa de 15 anos da filha, que seria em 17 de novembro. “Seria uma festa linda, como Cíntia. Um tio comprou um computador de presente e a mãe já tinha encomendado mesinhas”, relatou, emocionado. Na hora do enterro, mais emoção. Pelo menos 100 pessoas foram prestar as últimas homenagem a Cíntia. Na hora de fechar o caixão, a mãe dela, Eunice, passou mal e teve que ser retirada do velório. As amigas de colégio acompanharam o cortejo cantando a música Nosso Vídeo, da Banda Disfarce, de quem Cíntia era fã. Uma das amigas, Nadine do Desterro, 15, desabafou: “Um homem como esse não deve ficar solto. Nós queremos que a justiça seja feita. Ele tem que ir para a prisão”.

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